Pois é isso, precisamente, que se lhe aponta. É que Lisboa só cheira a Lisboa.
Diz-se capital e devia cheirar ao país inteiro.
Tenho andado em picardias saudáveis com dois Amigos de Lisboa. Na brincadeira pura, já que nem a minha aversão por Lisboa é assim tão forte, nem o meu amor ao Porto tão arreigado, que me tornem cega aos contrastes saudáveis entre as duas cidades.
Quando penso em Lisboa, vêm-me à mente cidades grandes que vi nas minhas viagens - Istambul, Cairo, Budapeste, Londres, o Rio e até NY, com todos os polos de atracção, multidões, monumentos, igrejas, museus, lojas, bulício e barulho das grandes cidades.
Não me atraem para viver, existem e congregam maravilhas que muitas outras cidades não têm. Dizem-se representantes do património nacional. Desconhecem a "paisagem". Procuram avidamente manter os privilégios e o estatuto de grandes metrópoles, quase como ilhas dos amores, dos divertimentos, e centros de cultura... infelizmente, sede também dos desgovernos, que desconhecem tudo o mais mas mandam em todos.
Lisboa congrega tudo o que há de irritante no modo de ser português, mas também oferece aos visitantes aquele servilismo, aquelas mordomias e sabores tipicamente nacionais a uma escala planetária. É uma joia rara num país lindíssimo, relegado para segundo plano.
Nunca saberei o que é viver na Lisboa do século XXI.
Nem me interessa, pois a imagem com que fiquei dela nos anos 60-70 me basta para a recordar.
Nunca nos banharemos duas vezes na mesma água dum rio, dizia Heráclito. Nunca me banhei no Tejo....ou talvez o tenha feito "quando os animais falavam". Não tenciono repetir a dose.
Há mais mundos, mesmo neste país tão desigual.
E o mundo que descobri a partir de 1975 é infinitamente mais interessante. Infinitamente mais genuino. Infinitamente mais português.
Diz-se capital e devia cheirar ao país inteiro.
Tenho andado em picardias saudáveis com dois Amigos de Lisboa. Na brincadeira pura, já que nem a minha aversão por Lisboa é assim tão forte, nem o meu amor ao Porto tão arreigado, que me tornem cega aos contrastes saudáveis entre as duas cidades.
Quando penso em Lisboa, vêm-me à mente cidades grandes que vi nas minhas viagens - Istambul, Cairo, Budapeste, Londres, o Rio e até NY, com todos os polos de atracção, multidões, monumentos, igrejas, museus, lojas, bulício e barulho das grandes cidades.
Não me atraem para viver, existem e congregam maravilhas que muitas outras cidades não têm. Dizem-se representantes do património nacional. Desconhecem a "paisagem". Procuram avidamente manter os privilégios e o estatuto de grandes metrópoles, quase como ilhas dos amores, dos divertimentos, e centros de cultura... infelizmente, sede também dos desgovernos, que desconhecem tudo o mais mas mandam em todos.
Lisboa congrega tudo o que há de irritante no modo de ser português, mas também oferece aos visitantes aquele servilismo, aquelas mordomias e sabores tipicamente nacionais a uma escala planetária. É uma joia rara num país lindíssimo, relegado para segundo plano.
Nunca saberei o que é viver na Lisboa do século XXI.
Nem me interessa, pois a imagem com que fiquei dela nos anos 60-70 me basta para a recordar.
Nunca nos banharemos duas vezes na mesma água dum rio, dizia Heráclito. Nunca me banhei no Tejo....ou talvez o tenha feito "quando os animais falavam". Não tenciono repetir a dose.
Há mais mundos, mesmo neste país tão desigual.
E o mundo que descobri a partir de 1975 é infinitamente mais interessante. Infinitamente mais genuino. Infinitamente mais português.
Sem comentários:
Enviar um comentário