Ontem , dia dos meus anos, apeteceu-me ir ao cinema, para aproveitar o fresquinho das salas e ver gente. Não estava quase ninguém na sala onde se projectava o filme que fui ver com aminha filha.
A nossa solidão aparente coadunava-se bem com o tema do filme: o envelhecimento.
Quartet não é um filme excepcional, apesar de realizado por um dos mais fabulosos actores que jamais vi e que foi galardoado com dois óscares, para além de muitos outros prémios: Dustin Hoffman.
É a sua primeira realizaçao, sã e escorreita, apoiada pela BBC com toda a sua expertise em séries de culto. O filme denota essa perfeição estética e os actores, escolhidos a dedo, são exímios na arte de representar, muitos deles com uma carreira inócua de quase 50 anos.
Lembro-me de ver por exemplo Billy Liar, em que Tom Courtenay, adolescente contracenava com uma Julie Christie, também ela muito nova e linda como um botão de rosa. Lembro-me de ver Maggie Smith em Travels with my Aunt, para além da sua aparição excepcional na série Downton Abbey.
Para além deste par de gigantes, outros actores e actrizes contribuem para dar um toque de classe a este filme sobre um lar de idosos para músicos, cantores de ópera e executantes já no declínio, na idade da confusão, do remorso, do esquecimento e da nostalgia.
O filme comoveu-me às lágrimas. Revi o meu Avô, no seu escritório, a contar-me o libreto do Rigoletto, tão trágico e patético. Revi também uma peça que ensaiámos em família no Natal com árias dessa ópera como Caro Nome e La Donna e mobile, Bella Figlia del Amore, com letras adaptadas por nós à família e hilariantes. Tudo já passado.
Saí de lá com uma sensação de dejá vécu - e não de dejá vu -.
A música do filme é envolvente e pano de fundo de toda uma história sem grande inovação, mas com grandiosidade e impecável interpretação.
Fica aqui o trailer. A não perder. Para quem gosta do rigor e humor britânicos.
A nossa solidão aparente coadunava-se bem com o tema do filme: o envelhecimento.
Quartet não é um filme excepcional, apesar de realizado por um dos mais fabulosos actores que jamais vi e que foi galardoado com dois óscares, para além de muitos outros prémios: Dustin Hoffman.
É a sua primeira realizaçao, sã e escorreita, apoiada pela BBC com toda a sua expertise em séries de culto. O filme denota essa perfeição estética e os actores, escolhidos a dedo, são exímios na arte de representar, muitos deles com uma carreira inócua de quase 50 anos.
Lembro-me de ver por exemplo Billy Liar, em que Tom Courtenay, adolescente contracenava com uma Julie Christie, também ela muito nova e linda como um botão de rosa. Lembro-me de ver Maggie Smith em Travels with my Aunt, para além da sua aparição excepcional na série Downton Abbey.
Para além deste par de gigantes, outros actores e actrizes contribuem para dar um toque de classe a este filme sobre um lar de idosos para músicos, cantores de ópera e executantes já no declínio, na idade da confusão, do remorso, do esquecimento e da nostalgia.
O filme comoveu-me às lágrimas. Revi o meu Avô, no seu escritório, a contar-me o libreto do Rigoletto, tão trágico e patético. Revi também uma peça que ensaiámos em família no Natal com árias dessa ópera como Caro Nome e La Donna e mobile, Bella Figlia del Amore, com letras adaptadas por nós à família e hilariantes. Tudo já passado.
Saí de lá com uma sensação de dejá vécu - e não de dejá vu -.
A música do filme é envolvente e pano de fundo de toda uma história sem grande inovação, mas com grandiosidade e impecável interpretação.
Fica aqui o trailer. A não perder. Para quem gosta do rigor e humor britânicos.
Eu gosto do rigor e sobriedade dos filmes ingleses e pela sua crítica e pelo trailer, acho que ia gostar deste, embora me parecesse um pouco triste. Mas, não sei porquê, agora tenho-me "esquecido" de ir ao Cinema. Vou tentar retomar o hábito, pois tenho perdido filmes muito bons.
ResponderEliminarAi o meu "Cidade do Porto"!!!
Um abraço.
O filme nao e trsite, e melancólico , mas gratificante. Não nos pôe triste, eplo contrário. Aconselho-a vivamente a ir ver.
ResponderEliminarAinda agora fui jantar ao Mercado do Bom Sucesso , que parece um lounge dum hotel de cinco estrelas, cheio de luz , mas um pouco tristonho sem as hortaliças e as peixeiras. Tantas vezes lá fui e fico nostálgica.
Bjo
Desculpe as gralhas, Graciete!
ResponderEliminarOutro sítio onde quero ir. Ao Mercado do Bom Sucesso,mas ando com Pouca disposição. Tenho que vencer esta fase.
ResponderEliminarUm abraço.
Um abraço de parabéns embora atrasado.
ResponderEliminarE porque a tua mensagem nos fala de memórias aí vai um poema do novo livro
Era a luz do luar que a noite adoçava,
uma luz argêntea que o espaço varria,
era a fantasia dos sons de Berlioz
numa sinfonia que no ar pairava,
era o rodopiar de inúmeras memórias
em redor de quiméricas histórias,
perdidas algures na bruma do tempo,
era o pensamento com asas de vento
partindo em busca do reino de Oz
Ab
Regina
Muito obrigada, Regina.
ResponderEliminarAinda não consegui comprar este teu livro, não o encontro em lado nenhum.
Já conhecia este poema, que amo a sério!
Devias ser mais conhecida ainda!!! Vou pô-lo no meu FB!!
Bjo grande.