quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º de Maio


Devia ser um dia diferente.
Se é o Dia do Trabalhador, devíamos todos trabalhar.
Mesmo os que nada fazem.
Mesmo os que já fizeram, mas deixaram de fazer.
Ou então ninguém devia fazer népias, era o bom e o bonito!


O dia assim como é não é justo... porque há muitos que ainda trabalham - o cabeleireiro onde tive de ir de manhã estava cheio e as empregadas não tinham mãos a medir - nos hospitais tb presumo que se trabalha, mas em contrapartida, as escolas estão fechadas, tudo o que é Estado fechadíssimo, algumas lojas também, as praias todas abertas mas cheia de vento para meu desgosto, as manifs sem gente... pois se é para não trabalhar, mais vale ficar a dormir, ir ao cinema ou ao shopping.

Lembro-me do 1º de Maio de 1975 como se fosse hoje. E o de 74 também.  Causam-me calafrios.
Não havia um restaurante aberto, foram as 1ª eleições livres e estive duas horas na "bicha" da escola do Lumiar para conseguir votar, muito cedo, pois o meu ex- queria vir para o Porto passar o fim de semana.
No caminho todo - que levava cinco horas pelo menos pela famigerada A1 - não se encontrava um restaurante, cefé, bomba de gasolina abertos. Até os leitões tinham ido para a manif protestar por trabalharem demais antes de serem devorados pelos apreciadores da sua carninha tenra.

Chegámos esfomeados ao Porto....e a mesma sina. Tudo fechado, apesar de o Porto ter a fama de cidade do Trabalho. O que vale é que a minha sogra se tinha prevenido e não fora a nenhuma manif., embora  na mente dela  houvesse uma comunista aguerrida. (?)

Fiquei a odiar o 1º de Maio, nunca mais comemorei nada, trabalhei sempre, ainda hoje estive a trabalhar no meu projecto do 11º ano e dou graças a Deus de o poder fazer.

Mais valia transformarem o Dia do Trabalhador no Dia do Népia ou do Dolce Farniente. Quem é que não gosta de preguiçar??

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