O bailinho das flores

A Madeira, contrariamente aos Açores , ainda não nos brindou com um dia de sol. Só ontem ao fim da tarde o vimos, muito trémulo, mas logo depois desapareceu sob o manto pesado do capacete. Hoje está mesmo cinzento e o mar cor de chumbo.
O jantar ontem foi óptimo num restaurante barato , mas com umas espetadas deliciosas e um vinhito a condizer. Até fotografei a casa, que foi restaurada e é linda por dentro. Podem vê-la por fora.

A minha filha foi passear, eu estou de quarentena por causa da sessão, mas também porque me sinto meia adormecida do jetlag (:))) e não me apetece andar a pé. Ontem estava com umas dores insuportáveis, tive de aplicar voltaren, tomar brufens e o diabo a 4 para me aguentar. Estes subires e desceres de escadinhas ou rochas são a minha morte....para mal dos meus pecados. Quem me dera ter a destreza dos jovens e poder andar por todo o lado!!

Fotografo porque não posso ir lá. Vai o zoom por mim, por vezes. Ontem o mar estava lindo à tarde e rebentava contra as rochas, formando redemoinhos...fiz um video para mais tarde recordar...

O hotel é sossegado nesta zona e nada se ouve....maravilha para quem quer trabalhar.

Ontem fiquei mais uma vez encantada com as flores que aqui crescem em tudo quanto é sítio....tirei várias fotos, que me lembram a Luz no Verão, cheia de hibiscos, hortenses, orquídeas, agapantos, buganvílias, palmeirinhas, quências, uma amálgama de cores e cheiros especiais dos países já meio  tropicais. No Paraty, onde estive há dois anos, também os jardins interiores da pousada eram um regalo para a vista. Ontem até estive a namorar um livro só com a flora da Madeira, pois adoro saber coisas sobre estas plantas magníficas, que não ousaria pintar.

E fica aqui um poema singelo, mas genuíno, que exraí dum blogue:

Recebes-me gentil

num abraço prateado de mar.

Choras e sorris entre a chuva e o sol.

O teu corpo esculpido e quente

celebra a vaidade de ser bela.

Teu perfume, um jardim.

O mar, a Ilha, a amizade e o brilho das estrelícias.

Vanda Paz