A minha Amiga Regina publicou no seu blogue uma entrada interessante sobre a leitura , a educação para a cultura e não só. Levou-me a reflectir sobre temas que me causam arrepios na sociedade em que me insiro.
Cada vez vejo com mais apreensão o rumo que esta sociedade - que já não é de consumo, mas de pseudo-prioridades, por vezes mal escolhidas - está a levar...
Verifico paradoxos inacreditáveis, como o dos estádios cheios com 40.000 a 60.000 pessoas aos fins de semana, sendo que os bilhetes estão cada vez mais caros, mesmo para sócios, dos pavilhões repletos de jovens e não tão jovens a ouvir música pimba e de baixíssimo nível, das discotecas e bares da "noite" cheios de estudantes que dizem não ter dinheiro para pagar os livros e as propinas, dos carnavais no Brasil, na Madeira e noutros locais apinhados de portugueses sem dinheiro, dos Euromilhões e Totolotos cada vez mais concorridos....
A crise vê-se, sente-se, cheira-se....mas a orquestra continua a tocar....as telenovelas continuam a apelar para o consumismo e actos amorais, vinganças, chantagens, crimes, em que os criminosos nem sempre são castigados e os "bons idiotas" passam as passas do Algarve até conseguirem um prémio (?) no fim de 200 episódios. Os olhos e os ouvidos dos que vêem estes programas devem estar completamente conspurcados. Os indivíduos podem encontrar nestas histórias perversas da TV nacional todos os alibis e mais alguns para prevaricar, assaltar caixas multibancos, roubar os ricos, prejudicar quem encontram à frente e se lhes opôe, esconder a verdade a todo o custo, enganar ( e esganar) o vizinho.
Já nem falo dos telejornais - porque não substituí-los por uma hora de música a sério, ouvida em contemplação?
Ando cheia da crise. Mas esta crise de que falo já não é de agora. Lembro-me de em tempos ter escrito um artigo sobre a deseducação dos media, ainda eu era professora e preocupava-me com os modos rudes dos meus alunos, a sua linguagem e atitudes. Porém, nunca fui moralista....
Gostava de educar para o Belo, para a Arte, para a Natureza, para o Bem.....mas parece-me que estes conceitos estão todos ultrapassados.
Sinto a crise, sim, mas é a de prioridades....
Cada vez vejo com mais apreensão o rumo que esta sociedade - que já não é de consumo, mas de pseudo-prioridades, por vezes mal escolhidas - está a levar...
Verifico paradoxos inacreditáveis, como o dos estádios cheios com 40.000 a 60.000 pessoas aos fins de semana, sendo que os bilhetes estão cada vez mais caros, mesmo para sócios, dos pavilhões repletos de jovens e não tão jovens a ouvir música pimba e de baixíssimo nível, das discotecas e bares da "noite" cheios de estudantes que dizem não ter dinheiro para pagar os livros e as propinas, dos carnavais no Brasil, na Madeira e noutros locais apinhados de portugueses sem dinheiro, dos Euromilhões e Totolotos cada vez mais concorridos....
A crise vê-se, sente-se, cheira-se....mas a orquestra continua a tocar....as telenovelas continuam a apelar para o consumismo e actos amorais, vinganças, chantagens, crimes, em que os criminosos nem sempre são castigados e os "bons idiotas" passam as passas do Algarve até conseguirem um prémio (?) no fim de 200 episódios. Os olhos e os ouvidos dos que vêem estes programas devem estar completamente conspurcados. Os indivíduos podem encontrar nestas histórias perversas da TV nacional todos os alibis e mais alguns para prevaricar, assaltar caixas multibancos, roubar os ricos, prejudicar quem encontram à frente e se lhes opôe, esconder a verdade a todo o custo, enganar ( e esganar) o vizinho.
Já nem falo dos telejornais - porque não substituí-los por uma hora de música a sério, ouvida em contemplação?
Ando cheia da crise. Mas esta crise de que falo já não é de agora. Lembro-me de em tempos ter escrito um artigo sobre a deseducação dos media, ainda eu era professora e preocupava-me com os modos rudes dos meus alunos, a sua linguagem e atitudes. Porém, nunca fui moralista....
Gostava de educar para o Belo, para a Arte, para a Natureza, para o Bem.....mas parece-me que estes conceitos estão todos ultrapassados.
Sinto a crise, sim, mas é a de prioridades....
A crise económica existe e infelizmente afeta já muitas famílias, mas subscrevo inteiramente aquilo que referes. E a propósito da forma como educamos os nossos jovens, lê o comentário que acabei de colocar na mensagem de ontem, na sequência da resposta que deste ao comentário que anteriormente havia colocado
ResponderEliminarDe facto nesta sociedade que vamos vivendo, parece que ninguém pensa(e refiro-me em particular aos jovens porque são eles os herdeiros do futuro)no adensar da tempestade. Mas o mal é que enquanto a orquestra toca, o Titanic vai-se afundado.
ResponderEliminarUm beijo, Virgínia
As pessoas pensam nos jovens, mas é só enquanto eles estão debaixo da sua alçada, até aos 12 anos, vamos lá, depois disso é o aqui d'el rei, cada criança traça o seu destino e os pais têm pouca mão neles. Uma vez fora de mão, é muito difícil agarrá-los de novo.
ResponderEliminarBjo
Virgínia ao Poder, Já! :))
ResponderEliminarTanta coisa para escrever sobre a crise das prioridades, céus...! Grande parte da "culpa" está na vida que os pais presentemente levam. A todos os níveis.
(tem comentário no post anterior)
bjosss :)
Concordo. As prioridades dos pais reflectem-se nos filhos logicamente.
ResponderEliminarMas olha que a TV é pura deseducação, os programas são horrendos, os de futebol então puro lixo, os telejornais um desperdício de recursos, os debates uma chachada, só de vez em quando aparecem umas entrevistas fora do comum, a desoras ou em canais sem audiências. Se não tivesse o Mezzo e o Brava nem abria a TV durante o dia. Até me esqueço que existe.
bjo