As aguarelas sempre me fascinaram, mas nunca fui aguarelista, sempre achei ser uma técnica extremamente difícil. Tive um colega na Paleta que só fazia aguarelas e até lhe comprei uma de que gosto muito em vários cambiantes de verde. O senhor em questão tinha uma quinta em Resende e só pintava as paisagens que avistava nas suas terras. Trazia-nos cerejas no verão e dizia que a sua terra era a mais bela do país. Gostava mesmo de pintar ao pé dele.
Quadros em aguarela são para mim como música relaxante, aquela que estou a ouvir neste momento no Spotify: The relaxing flute of Wendy Quinlan. Ainda estou sob a influência do reencontro com esta pessoa maravilhosa, que se atravessou por acaso no meu caminho e iluminou um pouco a minha vida numa altura conturbada. Quando oiço esta música entro em modo Zen. É como a flauta de Pan.
Ando a ler um livro que o meu ex-marido me ofereceu em tempos quando ainda passeávamos os dois pelos alfarrabistas do Porto numa zona que era mais conhecida dele, desde miúdo. Ficava junto à Livraria Britânica, que eu frequentava muitas vezes. Enquanto jovem, ele percorria todos os alfarrabistas do Porto em busca de BD barata, de que era fã incondicional.
Este livro lindíssimo foi publicado aquando do Centenário do nascimento de António Cruz,
considerado o maior aguarelista do Porto.
É quase desconhecido dos portugueses, mas talvez um dos expoentes máximo da pintura portuense. Dizem que foi prejudicado pelo facto de a sua pintura se parecer demasiado com a de Turner. É verdade que tem um estilo semelhante, mas os temas e quadros são muito variados e especiais.
Nunca vi os quadros ao vivo, embora tenha havido uma exposição na Gulbenkian em 2015 promovida pela Árvore.
A propósito escreveu o Director da Cooperativa:
“António Cruz é o grande aguarelista português do séc. XX. É um artista de uma mestria extraordinária. Além de pintor talentoso soube tirar partido das neblinas, da luz, o granítico das sombras, as pontes e o rio. Só um Homem que viveu intensamente a cidade seria capaz de a mostrar com este olhar sensível."
Agustina Bessa Luís escreveu num dos prefácios do livro referindo-se ao Porto:
As Aguarelas de António Cruz...dão a luz da cidade, a luz violeta e dourada do Paris de Outono. O requinte desta cidade negociadora vem da luz, diferente da de Lisboa, que é africana, loira e seca. Aqui os nevoeiros derramam aquela água verde que parece açucarada...a luz inventa, descreve, realiza, elabora e não termina...
É quase impossível ficar indiferente a este tipo de pintura. Ela sente-se pelo olhar, entra em nós e fascina-nos.
O mesmo acontece com a flauta de Wendy.
Quadros em aguarela são para mim como música relaxante, aquela que estou a ouvir neste momento no Spotify: The relaxing flute of Wendy Quinlan. Ainda estou sob a influência do reencontro com esta pessoa maravilhosa, que se atravessou por acaso no meu caminho e iluminou um pouco a minha vida numa altura conturbada. Quando oiço esta música entro em modo Zen. É como a flauta de Pan.
Ando a ler um livro que o meu ex-marido me ofereceu em tempos quando ainda passeávamos os dois pelos alfarrabistas do Porto numa zona que era mais conhecida dele, desde miúdo. Ficava junto à Livraria Britânica, que eu frequentava muitas vezes. Enquanto jovem, ele percorria todos os alfarrabistas do Porto em busca de BD barata, de que era fã incondicional.
Este livro lindíssimo foi publicado aquando do Centenário do nascimento de António Cruz,
considerado o maior aguarelista do Porto.
É quase desconhecido dos portugueses, mas talvez um dos expoentes máximo da pintura portuense. Dizem que foi prejudicado pelo facto de a sua pintura se parecer demasiado com a de Turner. É verdade que tem um estilo semelhante, mas os temas e quadros são muito variados e especiais.
Nunca vi os quadros ao vivo, embora tenha havido uma exposição na Gulbenkian em 2015 promovida pela Árvore.
A propósito escreveu o Director da Cooperativa:
“António Cruz é o grande aguarelista português do séc. XX. É um artista de uma mestria extraordinária. Além de pintor talentoso soube tirar partido das neblinas, da luz, o granítico das sombras, as pontes e o rio. Só um Homem que viveu intensamente a cidade seria capaz de a mostrar com este olhar sensível."
Agustina Bessa Luís escreveu num dos prefácios do livro referindo-se ao Porto:
As Aguarelas de António Cruz...dão a luz da cidade, a luz violeta e dourada do Paris de Outono. O requinte desta cidade negociadora vem da luz, diferente da de Lisboa, que é africana, loira e seca. Aqui os nevoeiros derramam aquela água verde que parece açucarada...a luz inventa, descreve, realiza, elabora e não termina...
É quase impossível ficar indiferente a este tipo de pintura. Ela sente-se pelo olhar, entra em nós e fascina-nos.
O mesmo acontece com a flauta de Wendy.