sábado, 31 de agosto de 2013

No dia seguinte

Hoje festejei os anos da minha filha Luisa. 34.

Há anos que vamos à feira do Artesanato das Festas de S. Bartolomeu da Foz.

Desta vez não démos um passeio até ao farol como de costume, pois o meu joelho continua a doer-me imenso e não consigo andar mais de 5 minutos , sem ter de parar quase a seguir.. Fui vendo as tendinhas

  com coisas magníficas vendidas ao preço da chuva, é impossível o dinheiro pagar aquela delicadeza de mãos, a paciência, o talento. Temos artesanato lindo, faianças, cestos, bordados, velas, imagens em gesso, barro....e depois os produtos maravihosos da serra da estrela, os doces das várias regiões, o leitão da bairrada, o pão quente...





São momentos que tanto eu como a Luisa adoramos....embora desta vez me parecesse que estava tudo muito morno, muito desértico. Vim um pouco triste , mas com tudo o que queria para a ceia de anos da minha filha.

De manhã fizémos o bolo que fez as delícias dos meus netos. Bebemos champagne a acompanhar. E vimos futebol na TV. Tudo normal. Tudo feliz.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

37 anos

Há 37 anos tive o meu primeiro filho, depois de várias tentativas furstradas e muito sofrimento.

Mas ele aqui está vivo e cheio de energia, com uma família linda e muito amor para lhes dar.

Hoje fomos jantar ao Real Indiana, um dos seus restaurantes preferidos. Só a vista vale o jantar.

Estávamos todos um pouco cansados e nervosos, mas correu bem.....



Ficam aqui algumas fotos desta cidade à noite, linda de morrer......







É impossivel não amar esta cidade.....

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A melancolia dos dias


Quando se sai da rotina e da cidade, os nossos sentidos parece que despertam e da nossa mente desaparecem todos os fantasmas e demónios que por aí andam a querer desfazer o que é belo, o que é genuíno e o que não pretende mais do que olhar para o mundo com outros olhos, como este blogue.

Nunca pretendi enaltecer o meu ego, pessoalmente tenho reservas quanto às minhas capacidades e talentos, mas sei bem apreciar o mundo que me rodeia e acho extraordinária a paleta de cores que a todo o momento desfila diante dos meus olhos. Amo a Vida.

Ainda sinto o cheiro inebriante da alfazema que cobria anteontem um muro em São João da Pesqueira, à mão de qualquer transeunte que por ali passasse...ainda sinto a emoção que as vistas das encostas coroadas de vinhas , bem verdes, desenhadas a compasso e esquadro, em mim despertaram.

Estive este ano nos Açores, na Madeira, em Leeds, em Ofir e na Luz. Não trocava nenhum destes locais por uns dias passados numa grande cidade como Paris ou NY, Rio de Janeiro ou mesmo Praga, que amo incondicionalmente.

A civilização, por muito cuidada que seja, não se compara com a natureza quase virgem de locais intactos onde não me importaria de morrer. Nela liberto-me, vivo, respiro, na certeza de que ninguém me quer mal ou me deseja ruindade. Não desejo museus, desejo árvores, montes, vales, o mar....

Este mundo dos blogues só é são quando as pessoas sobrevivem às perseguições e invejas de que são alvo. Há muita gente ruim por aqui e infelizmente só as detectamos tarde demais. Mas não nos queimam, nem sequer chegam a chamuscar....

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O nosso Douro

Passei o dia no Douro do nosso contentamento com os meus dois filhos rapazes.


Saímos de manhã. Com o meu filho mais novo ao volante, percorremos os kms até à Régua sem grande problema. A partir daí, a estrada desenha curvas e contra-curvas, sempre a subir em direcção a São João da Pesqueira, vila a 800 kms de altitude e comarca onde ele vai viver durante dois anos. Nunca lá tinha ido e até agora praticamente ignorava a sua existência. Mas, de repente, essa vila passou a fazer parte da minha vida, por razões familiares, de modo que quis saber  como era in loco.


As minhas expectativas eram pessimistas, habituada que estava aos locais onde vivi nos primeiros anos de casada, anos 75-79, obrigados a habitar casas de magistrados degradadas, que todos nos invejavam mas que caíam de podres, não tinham água quente na cozinha, nenhum aquecimento nem possibilidade de o ter, falta de gaz butano,  mobílias velhas e com falhas em zonas geladas como a Sertã e Chaves, enfim,  com desconforto até dizer basta. Sobrevivíamos, mas foram anos de muita privação, que nunca esquecerei.

As surpresas ontem foram totais e inesperadas.
O Tribunal
Tudo excelente, inclusivé o Tribunal, edifício lindíssimo numa avenida soalheira, um apartamento para arrendar que já vem de outro juiz,  lindo, moderno, minimalista e funcional por uma renda módica, numa vila simpática com cinemas, cafés e restaurantes, população activa, lojas, e em tudo nada inferior ao que vemos por aqui.





Mas o meu espanto foi a beleza da região. É impossível não ficar extasiado perante tal paisagem, que, infelizmente, as estradas perigosas não nos deixam fotografar como quereria. As curvas são seguidas e a estrada estreita - é impossível construir estradas mais largas no meio dos socalcos vinhateiros que se estendem por kms e kms. Lá em baixo o rio, azul, verde, lindo, lindo.





Jantámos num local onde não ia, creio eu,  há 60 anos.
Fui aos 7 anos, com os meus Pais ao Marão e almoçámos, se bem me lembro, no Zé da Calçada em Amarante. Varanda magnífica ao fim da tarde sobre o Rio Tâmega. Repleto de turistas, encantados.
Rio Tâmega
Estou muito feliz. O meu filho mais novo merece isto depois de anos de trabalho intensivo como juiz estagiário em comarcas complicadas à roda do Porto.

Vai passar frio e calor,  trabalhar muito, viver um pouco mais isolado, mas a sua nova morada promete. E será um pretexto para finalmente, eu viajar no comboio da Régua até ao Pocinho.....admirando mais uma vez este nosso rio, que nos orgulha, e deve ser um dos mais lindos da Peninsula Ibérica.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As tricas dos blogues

Tenho meditado e pensado bastante no que ontem ocorreu no blogue citado na entrada anterior. O seu autor que tinha os comentários abertos - tanto que eu escrevi um a defender a minha posição e a censurar a sua - fechou-os pouco depois, não sendo possível comentar tão vil entrada.

Isto revela o tipo de pessoa que é - já o conheço há mais de doze anos, o bom e o mau - e o receio que tem de ter aberto uma caixa de Pandora, sujeitando-se ele próprio a críticas dos seus leitores.

Hoje vou passear para o vale do Douro....graças a Deus. Não terei a laptop durante todo o dia....poderei desligar.

E é o que vou fazer....à bientôt.

domingo, 25 de agosto de 2013

As sensibilidades e os blogues

Se fosse mais nova faria um estudo sobre os blogues com carácter pessoal, aqueles que, em geral, falam da própria pessoa, da sua vida, do seu dia-a-dia e também tecem considerações sobre o que se vai passando, com maior ou menor interesse. As motivações dos seus autores são as mais dispares, mas encontro um elo comum a todos eles, quererem focar a atenção dos leitores neles próprios, uma espécie de narcisismo camuflado, que é hoje apanágio de muitos programas dos media, romances ou páginas do Facebook.

Poucos blogues leio, nem meia dúzia, e só me interessam verdadeiramente uns três, ou porque sou amiga dos autores ( caso da minha Amiga Regina ou do meu Amigo Pedro) ou porque admiro um pouco a pessoa em questão ( HSC) ou porque têm óptimas fotografias, algo que muito aprecio, quase independentemente da pessoa que o escreve. De resto ignoro a blogosesfera e tenho pouco tempo para lhe dedicar. A maioria são "hinos ao ego". O meu também o será.


Costumo ler um blogue chamado Assim na Terra como no Céu, cujo autor já foi meu Amigo, mas deixou de o ser de pé para a mão, e aprecio nele, em especial, as fotos magníficas que coloca com esmero e cuidado, dado que é um fotógrafo exímio e possui uma câmara de alto gabarito, segundo o próprio me descreveu. Nem sempre compreendo os textos ou os acho interessantes. Deixei de os comentar por uns tempos.

Há dias resolvi escrever-lhe um email, criticando, ironicamente, mas sem maldade, as suas andanças por Paris descritas no blogue. O email era mais que privado, algo que nunca escreveria no seu blogue, pois não interessava a mais ninguém. Mas o visado resolveu expor-me e publicou o email para que os leitores possam aferir do meu discernimento.

Emails não são para se publicar em blogues. Fazê-lo só revela falta de ética e de senso, um certo narcisismo, "fishing for compliments" ( grangear de adulação), que não esperava de tal pessoa.

Lamento muito que o tenha feito.

Sei que não me vai responder aqui, nem sei se publicará o meu comentário no seu blogue onde assumo ter escrito o que escrevi ( duvido muito),  mas aqui fica o reparo.

A blogoesfera tem destas coisas. Há que estar atento.


sábado, 24 de agosto de 2013

Quadros esquecidos

Ao arrumar o meu atelier, dei-me conta de que tenho demasiados quadros guardados sem a mínima hipótese de serem expostos na minha casa ou nalgum local público.


Alguns já tinha esquecido completamente.

Pintei-os no decurso destes três anos, já depois de ter deixado a Utopia, o atelier que frequentei durante ano e meio. Não lhe senti a falta , a não ser no aspecto afectivo e social, gostava das pessoas que lá encontrava, algumas ainda lêem este blogue e quando escrevem alguma coisa, fico muito grata. Não devem ter compreendido muito bem por que saí, mas sentia-me atabafar num espaço pequeno cheio de candidatos a pintores ou mesmo pintores já consagrados.
Acabava por não criar nada que valesse a pena e não aprendia muito. Ainda lá deixei todos os meus óleos e algum material.

Na colecção de quadros que fiz este ano, há alguns de que gosto em especial. São pintados em MDF, não em tela. O MDF agarra a tinta dum  modo diferente e permite efeitos abstractos lindíssimos. A tela é mais difícil de pintar por vezes. Fotografei hoje alguns dos quadros que não via há meses...

Tenho tido saudades de pintar e até, de vez em quando, de me dedicar a uma pintura de grande porte, mas o espaço de que disponho em casa e a falta de incentivo pessoal ( pintar para quê?) afasta-me das artes plásticas, acabo por sair ou ler ou ver um filme na TV. Já nem tricoto ou bordo, actividades que adorava há uns anos. Penso que é nisto que denoto um certo envelhecimento e perda de energias.



Não devo ser uma grande artista....pois esses nunca hesitam entre pintar ou fazer outra coisa. Lembro-me do meu primeiro professor, que me levou à sua garagem perto da Maternidade, onde coleccionava centenas de quadros e os tinha em tudo o que é canto ou pasta. Foi para Berlim e nunca mais soube dele.

Já pensei em dar quadros a uma instituição de doentes mentais, pois sei quanto eles alegrariam as pessoas,  que, amiúde,  só vêem paredes nuas ou cheias de avisos sem interesse. Em Inglaterra, o hospital estava decorado com pinturas feitas pelos próprios pacientes e parecia uma casa habitada por artistas.
Infelizmente, o mesmo acontece nas escolas, nos serviços públicos e nos autocarros.  Não se vê arte nenhuma. Só grafitti e anúncios de gosto duvidoso.
É o nosso país onde a arte é só para alguns.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O mês de Agosto

Agosto é para mim um mês desconcertante.

As melhores coisas da minha vida aconteceram-me neste mês.... mas devo dizer também que sofri muito neste mês, aquando das férias em família na Luz e no Porto.

Dois dos meus filhos nasceram no fim de Agosto, a 29 e a 30 com 3 anos de diferença, e esses foram, sem dúvida, os dias felizes da minha vida, ainda que, em 1976, estivesse a viver na Sertã e em 1979, em Chaves, longe de tudo e de todos. Os bébés nasceram em Coimbra, onde a família me deu todo o apoio durante esses terríveis e quentes meses. Eram saudáveis e eu era jovem.


Também foi em Agosto ( 1965) que conheci o meu ex- em Paris e depois em Bruxelas, Amsterdam, Hamburgo, Copenhague, etc. No dia 20, assumimos a nossa empatia um pelo outro, embora só tivéssemos casado oito anos depois.
Foram anos atribulados de juventude, com altos e baixos e só por milagre - ou porque estava destinado que assim fosse - nos reencontrámos em 1973 e casámos.


Passei alguns meses de Agosto na Luz com a família toda, mas o meu ex- não gostava de praia e odiava ter de fazer a viagem de carro de sete -oito horas com os filhos pequenos.
Acabávamos por chegar derreados e as férias não eram pera doce, sobretudo para mim, que tinha de cozinhar, ir às compras, tratar dos miudos e ainda gozar um pouco da praia e do mar, que sempre adorei. Depois de eles crescerem, o meu ex- decidiu deixar de ir connosco e então as férias foram um pouco mais leves e até divertidas com amigos dos meus filhos a acamparem lá em baixo. Houve momentos musicais e jogos muito giros, os amigos eram todos estrangeiros e interessantes.


Este ano foi o primeiro em que conseguimos reunir toda a família na Luz. Um ano que ficará para a história da nossa família nuclear e alargada.
As boas recordações perduram e os miúdos adoraram tudo....não sei quando terei outro Agosto igual....mas o que interessa é que estamos vivos e menos mal.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

os professores e a avaliação

A propósito dumas observações escritas num blogue duma ex-leitora, ocorre-me expressar aqui o que penso em relação à falta de profissionalismo dos professores na avaliação dos alunos hoje em dia, salvaguardando raríssimas excepções, que existem nesta classe, como em todas as profissões.

Diz a autora do blogue  a propósito da quantificação dos parâmetros de avaliação, sugestões que os professores devem seguir para que haja alguma homogeneidade de critérios.


Enfim, não consigo mesmo conceber que se avalie um aluno desta maneira, nem em  nome de uma objectividade comprovadamente duvidosa. Como é possível reduzir a uma fórmula matemática o percurso de aprendizagem de um aluno? Onde fica, na frieza dos números, aquela margem de esforço e de sonho que os fez crescer como pessoas e não se pode quantificar? Porque há na escola um lado humano que tem que se ter em conta. Em tudo; e na avaliação também. ( blogue Isto e Aquilo)



Gosto muito da expressão " aquela margem de esforço e de sonho" - quanto a mim isso chama-se empenho e é isso que se pretende quantificar , assim como a performance real. Não vivemos num mundo de aptos e não-aptos, mas noutro bem real, em que uma milésima na avaliação pode permitir a um aluno estudar medicina ou Arquitectura ou entrar ou não numa Universidade.

Como seria possível escola sem avaliação quantitativa?

As auto-avaliações são sempre falsas, pois ou o aluno se auto-inflinge uma culpa forjada ou se gaba de feitos que nem em sonhos realizou. A sua objectividade é nula. O que ele quer é uma nota boa.

É claro que os parâmetros são sempre restritivos, frios e injustos para quem se esforça muito e não atinge os objectivos. Mas na vida é assim....ou devia ser assim. O mérito compensa-se. É preciso distinguir os que conseguem dos que necessitam de mais apoio, empenho e esforço. Para isso existem os critérios de avaliação, as grelhas, sem os quais os professor teria dificuldade em aplicar a justiça no processo educativo.







quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Summer cleanings

Como é que se juntam tantas coisas numa casa só, pergunto-me?

Vivo aqui apenas há sete anos e já tenho armários cheios de tralha, que poderia ser dispensada, pois muitas das roupas já têm 30 anos e já viram melhores dias. Penso sempre em dá-las e depois olho para elas e tenho pena, pois são mesmo de qualidade, do tempo em que dava aulas e usava roupa mais cuidada. Agora, confesso que só me visto "bem" para algum evento, todos os dias envergo um par de calças e uma T-shirt ou pulover, sem mais. Em casa , a mesma coisa....nem avental uso.
Para pintar às vezes enfio uma t-shirt velha só para que os pingos não caiam para as calças.

Para quê apinocar-me? Levo uma vida simples, sem qualquer espécie de contactos sociais importantes e sou feliz.

Não sou coquete,  nunca fui, dou mais importância ao meu cabelo, à minha cara, olheiras, rugas, etc. do que ao meu aspecto exterior e ao que os outros pensam de mim e da minha roupa.

Hoje estive a arrumar o meu atelier, peguei em mais de uma dúzia de quadros e coloquei-os numa estante e só esse exercício já me deixou com dores nas costas. Consegui libertar um cantinho para aí colocar a cama que ontem comprei para os meus netos. Estou ansiosa por que um deles durma aqui na próxima semana. E eles pedem-me constantemente para dormir cá!!


Adoro fazer arrumações, sobretudo nesta época do ano em que não há muito que fazer e já apetece o outono, a rotina e as tardes calmas e suaves. Tem estado um tempo ideal para estes afazeres e a casa merece.

Assim o meu joelho colabore...:)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Prazer é ausência de dor

Hoje soube o que isso era.

Bem aventurada fisioterapia, bem aventurado tratamento ad hoc, tão benéfico quanto inesperado.

Passei pela Clínica que fica por baixo da minha casa, onde já fiz várias sessões de fisioterapia das mais variadas - é só sair da minha entrada e estou na deles -  e onde sempre me acolheram com um sorriso.

Vinha da Conforama onde comprei uma cama de armar, daquelas que se fecham e ocupam um espaço mínimo para os meus netos poderem dormir cá em casa. Estava feliz com mais duas capas de edredon lindíssimas 100% algodão, ao preço da chuva, mas as dores no joelho taõ fortes que quase me impediram de percorrer a loja, obrigaram-me a sentar várias vezes e a arrastar-me para o taxi, que chamei para vir para casa.

Senti-me mesmo incapacitada e daria tudo para ter uma bengala...

Na clínica vazia, acolheram-me tão bem que daí a dez minutos tinha consulta marcada para 6ª feira por especial atenção do ortopedista que já me conhece há sete anos e que virá aqui no intervalo do almoço do hospital de S. António. Entretanto fizeram-me microondas e massagem aos dois joelhos e senti-me no céu! As dores passaram...laus deo! Saí de lá outra.

Ás vezes pergunto-me porque é que tenho tanta sorte na vida....

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Ontem fiz três quadrinhos dos meus, daqueles que parecem azulejos. São pintados com acrílico muito líquido, quase uma aguarela por cima da tela.

Já tenho mais de vinte e decoram qualquer parede dum modo diferente. Cá estão eles.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA

Celebra-se hoje.

Todos os dias o são, pois, em todos eles, se tiram milhões de fotos por este mundo fora e, com a expansão das técnicas digitais, não há bicho-careta que não faça dessa Arte um hobby.

O meu filho mais velho diz que fotos sem pessoas não têm interesse. Talvez seja exactamente o contrário daquilo que penso. Gosto de fotos de lugares, mais do que de caras ou de gente. Concordo que pode haver belos retratos e péssimas paisagens, mas também o seu contrário é real. E a paisagem não faz poses, oferece-se tal qual é.

Nunca tiro fotos por tirar...e também nunca levo demasiado tempo a preparar as fotos. Faço-o com gosto e um pouco por vício. Fico frustrada se vou a um local e não levo a máquina, como aconteceu na nossa ida a Castelejo no dia dos anos da minha nora. Estive sempre infeliz por não poder perpetuar mais uma vez a beleza daquela praia...

Escolhi de entre milhares de fotos que tenho a que me pareceu melhor em termos gerais.

Pode não agradar a toda a gente....mas eu gosto dela!

Foi tirada nos Açores, na Lagoa do Fogo, numa manhã de nevoeiro denso. Tem beleza e mistério.

É uma boa homenagem à FOTOGRAFIA!



Lagoa do Fogo- S. Miguel - Abril 2013

Exposição: Intemporalidade

No dia 5 de Setembro, inaugurar-se-a mais uma expo colectiva no Vivacidade, para o qual me pediram contribuísse com dois quadros relativos ao tema.

Descobri dois bem antigos, um dos primeiros que fiz completamente sozinha em 2008 e que surpreendeu o meu professor sérvio Nikola Raspopovic pelas cores e texturas - TREES -  e outro que fiz, mais tarde, em 2010 no atelier Utopia com alguma ajuda do professor Domingos Loureiro - sobretudo na pintura das elipses - a que dei o nome de ROOTS - .

Ambos vão estar presentes no espaço que me "adoptou" há alguns anos.

Não fiz nenhuma exposição em Junho passado, como tinha planeado, devido ao volume de trabalho para a editora, que me impediu de escolher, gerir e arranjar os quadros que quereria expôr.

Ficam aqui as fotos das peças escolhidas. Espero que sejam do agrado dos presentes.

                                                                       TREES
ROOTS

domingo, 18 de agosto de 2013

Da praia da Luz à praia dos Ingleses

Uma e outra são praias dos Ingleses, uma "efectivamente" (...) outra só de nome. Gosto de ambas, no verão e no inverno, com sol, sombra, neblina ou mesmo vento.


Na praia da Luz do Algarve sinto-me privilegiada, como já muitas vezes afirmei aqui. Sinto-me em família alargada...

Na dos Ingleses da Foz, sobretudo ao domingo, como hoje, sinto-me como mais uma pessoa, uma "portuense" igual a todas as outras que amam o mar. A minha filha comunga dos mesmos prazeres que eu.
Não me deito na areia porque não posso, mas procuro a esplanada, donde avisto todo o areal e as rochas tão típicas da Foz, as famílias felizes, os petroleiros a passar ao longe, o Farol de Felgueiras e a ponta do novo molhe. É um quadro que nunca pintarei, mas vive na minha mente há muito tempo e do qual não me posso desligar.



Identifico-me quase totalmente com dezenas de veraneantes, nacionais e estrangeiros que procuram uma praia de bandeira azul para passarem umas horas. É fantástico poder usufruir exatamente das mesmas benesses a 600kms de distância e... aqui à beira de casa -  a 7 km da minha porta. O autocarro leva 10 minutos e tem sempre lugar...


O mar, sempre o mar...que me fascina e nunca me cansa; sou capaz de estar horas a contemplar as ondas a ir e vir, numa toada envolvente e embaladora.
O mar acalma-me, o azul é indescritível e hoje parecia quase tinta acrílica, é um bálsamo para os nossos olhos, cansados de barreiras de betão.
Azul e verde, cores frias que nos aquecem a alma.


Fotografo cenas de praia como há dias lá em baixo. Em nada diferentes...pessoas felizes sem histórias para me contar. Só a minha imaginação mas concede. Na minha mente têm nomes e amam o mar.