terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Pomar romântico

Tigre
Hoje decidi ir ver a exposição " A Felicidade em Júlio Pomar" que já está na Galeria Municipal - Palácio de Cristal - há quase um mês e ainda vai durar até Fevereiro. Tinha visto o anúncio e depois as fotos da inauguração, mas com o Natal , esqueci-me dela completamente.

Hoje vi-a com olhos de ver, embora as dores na coluna me impedissem de contemplar os quadros com mais pormenor. Não compreendo como é que num espaço destes não se colocam bancos, cadeiras,  algo em que nos apoiemos. Todos os museus que conheço têm bancos para descansar as pernas e o olhar. Aqui não. É o vazio branco e imenso. E as dores não dão tréguas.

Quando era adolescente fui uma vez a casa do meu Padrinho, Primo direito do meu Pai, radiologista muito procurado e possuidor duma colecção de quadros notáveis. Ele mostrou-me um quadro relativamente pequeno e disse-me : "Sabes quem pintou isto? " Não fazia ideia. "Foi o Júlio Pomar". Fiquei na mesma . O nome não tilintava nenhuma campainha na minha cabecinha oca. O quadro também não me dizia nada, eram uns borrões vermelhos e verdes, que nunca mais esqueci. Decidi nesse dia que Júlio Pomar seria persona non grata na panóplia diminuta de pintores do meu agrado.
gaivotas
Hoje penso diferente. A exposição é pobre - apenas a colecção do Millenium BCP - mas contém dois ou três quadros francamente interessantes. Fotografei-os à vontade, não havia vivalma, nem guardas, estava vazio. Há uma colecção de desenhos e serigrafias, quadros pintados em telas do tipo serapilheira e poucos quadros a sério em telas clássicas. Muitos sobre  temas equestres ou tauromáquicos. Alguns sugestivos. E outros muito bons, mesmo.



Finda a visita, fui-me com a minha filha a passear nos jardins do Palácio. Palácio que não é senão um pavilhão verde sem graça, um Ovni que aterrou ali e destoa da magnificência do que o rodeia.


A beleza e  romantismo estão no jardim e no rio, serpenteando por entre as árvores em contra-luz; nas árvores seculares, com feitios inacreditáveis e que, ao perder as folhas , deixam escancarada a vista para o Douro, suave e deslizante, belo a qualquer hora do dia, de prata, que não de ouro, quando o sol incide nele a direito. Há pedacinhos naquele local sagrado que me fazem lembrar a Sintra da minha infância e juventude, húmida, verde, recatada. Numa poça de água da chuva, um verdadeiro quadro, esse, sim natural. A foto está aqui.

Por todo o lado, há esculturas naturais e outras produzidas pelo Homem. Os pormenores deste jardim são um manancial para o fotógrafo amador. Os pavões passeiam-se nos seus salões e até pousam na cabeça das esculturas...








A Ternura
Poder usufruir de espaços assim é realmente um privilégio. Esta cidade é mesmo bela.
Quem dera que a pudéssemos preservar para os vindouros.

Porque a Arte não se produz apenas com pincéis ou cinzéis, ela existe em tudo o que nos rodeia, como hoje observei.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Melancolia feliz

Há quem diga que a melancolia é um estado de alma mais negativo do que positivo.

Para mim, não é, pois até os sons da palavra têm algo de harmonioso e como diria o Nabukov , a propósito do nome Lolita, a língua enrola-se e desenrola-se para a pronunciar: "Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. "

Gosto de me sentir melancólica, é sinal de que vivi recentemente estados de quase euforia ou de alegria intensa, seguidos de um fade out natural. Como acontece quando giramos o botão do player para a música se terminar com suavidade, sem ferir os ouvidos.

Gosto deste apagar lento. O fogo da minha lareira também se está a apagar lentamente depois de três horas a arder bem.

Três horas inteiras em que ouvi música escolhida por mim quase non-stop, enquanto ia ajeitando as achas e olhando para as chamas dançando.
Hoje não ouvi música clássica, mas canções de musicais, vozes inconfundíveis, bandas que em tempos me levavam aos céus como os Simon and Garfunkel ( onde param?), duetos, enfim, uma panóplia de emoções que ainda me fazem vibrar.
A minha Mãe queixava-se nos últimos anos da sua vida que não conseguia ouvir música pois ficava demasiado nostálgica. Receei durante muito tempo que o mesmo me acontecesse, mas por enquanto, a música só me enche de paz.

O meu filho mais novo ofereceu-me dez bisnagas de acrílico - muito bom e com certeza caro - como já não tinha há muito. Foi especialmente à loja Sousa Ribeiro, o paraíso dos pintores aqui do Porto. Tenho querido lá ir, mas fica em Sá da Bandeira e tenho dificuldade em andar com coisas pesadas. As cores que ele me ofereceu estão em parte contempladas no quadrinho que fiz estes dias. É mais primaveril do que outonal...é um pouco onírico, talvez....ou melancólico.



sábado, 26 de dezembro de 2015

Boxing Day

Em Inglaterra é o dia dos presentes, aquele em que os patrões presenteavam os seus empregados ao fim dum ano de trabalho, daí o nome ( derivado de box).

Poucos boxing days serão vividos com a paz e a Beleza do meu, hoje.
O meu presente foi a Natureza e a cidade do Porto, que é generosa quando a procuro e deixo tudo o que me rodeia.

Três horas na Praia dos Ingleses revigora qualquer um e até os salpicos que me impedem de fotografar as ondas a bater nas rochas me divertem.
O panorama num dia como hoje, cristalino, quente, mais primaveril que invernil, é um privilégio daqueles que todos - mesmo todos - podem gozar.
Basta que tenham saúde para se deslocar de autocarro até à Foz. Lá podem sentar-se num café e só beber um cimbalino ou então sentar-se na balaustrada a olhar para o mar.
Também há quem se sente nas rochas que a areia está húmida.

Hoje comi o meu bife à Ingles do costume - 8€ - e bebi um panaché. A minha filha uma salada. No fim, um café que me soube pela vida.

A maré foi crescendo e o mar tornou-se cada vez mais ameaçador. Começou por bater ao de leve, depois cada vez mais violento até que esparrinhava espuma por todos os lados. Alguns turistas diziam WOW, cada vez que eram salpicados pela espuma! Uma beleza...

Natal com este sol só aqui....e na California !!! :)





sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Natal


O Dia de Natal depois da Véspera tão celebrada e tão adrenalínica é sempre uma pausa, por vezes benvinda, por outras um pouco nostálgica.

Hoje levantei-me tarde pois até às 5 não consegui pregar olho.

Seria da Lua Cheia?
Seria das rabanadas e filhozes?
Seria do bacalhau que estava divinal?
Seria da imagem dos meus filhos e netos a tocar em conjunto?
Seria das prendas individualizadas que cada um escolheu para mim?
Seria da música de piano com que o meu filho João sempre nos brinda?
Seria de ter visto o meu ex-marido sorridente e feliz apesar da tosse insistente?
Seria do vinho ou do champagne?
Seria da memória de tantos e tantos Natais passados em família?
Seria de me sentir privilegiada no meio de tanta tragédia?


De tudo um pouco....neste momento olho lá para fora, o céu está cinzento, a casa vazia e de repente senti-me vazia....e triste.

Daqui a nada vou de novo a casa do meu filho para ver a família da minha nora, que considero Amigos já de longa data. Estarei com os meus netos de novo....e a vida renasce.

O Natal é isto tudo...

E a Noite é Santa.






domingo, 20 de dezembro de 2015

Alegrai-vos e regozijai!


1. Chor
Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage,
Rühmet, was heute der Höchste getan!
Lasset das Zagen, verbannet die Klage,
Stimmet voll Jauchzen und Fröhlichkeit an!
Dienet dem Höchsten mit herrlichen Chören,
Laßt uns den Namen des Herrschers verehren!

Alegrai-vos, regozijai, ide, louvai estes dias!
Bendizei o que o Altíssimo realizou hoje!
Deixai as queixas, apartai o pranto,
Prorrompei cheios de júbilo e alegria!
Ofertai ao Altíssimo canções de louvor,
Honremos pois o nome do Senhor!

Oratória de Natal - JS Bach

sábado, 19 de dezembro de 2015

Natal ortopédico

Tenho andado às voltas com a saúde de há uns dias para cá.

Fui à Clínica Práxis, que me foi recomendada pelo meu médico ortopedista. Esta clínica é pioneira em tratamento de doenças da coluna, sendo o seu director Manuel Enes, competentíssimo em técnicas inovadoras para a melhoria dos problemas de coluna que nos afligem.
Já há uns dois meses que ando a sofrer de dores do tipo ciática, lombares, que se estendem até aos joelho, causam mal estar e dificuldade de locomoção, para não falar dos sintomas psicológicos, que nos tiram a alegria de viver.
Há meses que não saio, a não ser para ir daqui ao café, ao cabeleireiro ou ao hospital fazer exames ou à fisioterapia. Ando deprimida, sem vontade de fazer nada que me exija esforço. Nem à Foz tenho ido e ao Botânico só muito raramente.
Gostei muito da Clínica e das pessoas que me atenderam, fui vista pormenorizadamente por um ortopedista, que, por coincidência, é Pai dum colega do meu neto Daniel no Colegio Alemão.
Depois disso tive uma conversa longa com o Dr Manuel Enes, que me recomendou uma intervenção minimamente invasiva, de modo a abrir a oclusão entre vértebras. Farei isso na 3ª semana de Janeiro, esperando que a minha mobilidade e disposição mudem gradualmente.
A Clínica fica muito perto do Carolina Michaelis, na zona onde vivi durante 30 anos e que bem conheço. Só terei de lá pernoitar um dia, podendo depois vir para casa e mover-me bem.



Ontem andei com uma indisposição de estômago, o que não me acontecia há anos, e fiquei preocupada pois a dor não passava. Estive todo o dia sem comer nada e para o fim da tarde já conseguia ter algum apetite. Nem consegui ter os meus netos aqui como é costume, estava tão indisposta que tive de os mandar para casa com a empregada. Só me apetecia estar deitada.

Hoje já estou um pouco melhor e os meus filhos já voltaram ontem à noite, um de Bragança e o outro dos EU.

Começa o Natal. Oxalá com mais saúde! 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

As árvores do meu contentamento

Depois do mar, um dos elementos da Natureza que mais me seduz são as árvores.
Quem acompanha o meu blogue, sabe bem a paixão que nutro por estes seres vivos, sem os quais, as cidades seriam inabitáveis, secas e deprimentes.
Crazy trees

É tão importante manter as manchas verdes no "patchwork" que nos envolve como comer bem ou trabalhar em bom ambiente.

Felizmente o Porto tem melhorado muito nesse sentido e há locais carismáticos, onde uma pessoa pode passear e esquecer o betão ou a degradação de muitas zonas habitacionais.
Choupos

As árvores sempre me inspiraram e penso serem o tema central da minha pintura. Comecei desde o início a tentar dar-lhes um cunho especial e há quadros dos primórdios da minha iniciação à pintura que ficaram esquecidos.
inverno
Muitos ofereci, como , por exemplo, uma colecção de bétulas que fez sucesso na Escola Utopia.

Hoje resolvi colocar aqui fotos desses quadros e um poema de que gosto muito:

O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão.

São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou a sonhar o amor.

São como se a tristeza
Fosse árvore e , uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma

Fernando Pessoa - Cancioneiro

Floresta outonal

Bétulas

Floresta misteriosa

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Dia dos Pais

raízes
Em minha casa festejava-se a 8 de Dezembro o Dia da Mãe.

Era um dia muito bonito com música dedicada à minha Mãe e um almoço especial em que todos a mimávamos em especial. Ainda hoje me custa associar o Dia da Mãe a outro qualquer...

No passado dia 5, fez 35 anos da morte do meu Pai. Morreu três semanas depois do nascimento do meu filho mais novo, que nunca chegou a conhecer.

O meu Irmão escreveu uma crónica no Jornal I que lhe é especialmente dedicada, mas que não consigo transcrever para aqui por causa da formatação.

Gostaria que a lessem. Porque sinto exactamente o mesmo que ele em relação aos Pais e ao mistério da Vida e da Morte.

http://ionline.pt/482837?source=social#close



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Só agora é que chegou o Outono

E o jardim Botânico parece o Japão.

Os áceres de folha miudinha estão todos vermelhos, dum vermelho de sangue e as tílias amarelas de ouro.
Um contraste de cores que anima qualquer um, sobretudo aqueles que apreciam a Natureza e só nela se revêem.

Cada vez é mais o meu caso. Adoro a família e estou com eles algumas horas por dia, mas preciso destas idas aos jardins - aqui no Porto há vários lindíssimos - para me sentir a viver plenamente. Até esqueço as dores da coluna ao descer as escadinhas cobertas de musgo e a andar por entre as áleas tão variadas deste local sagrado.

Há semanas tinha a sensação de estar no verão, agora que já é quase inverno é que veio o outono em todo o seu esplendor. Hoje valeu bem a pena lá ir, tive a sensação de estar noutra dimensão. Lembrei-me de Sintra,
daqueles recantos românticos da serra quando era pequena....lembrei-me do nosso jardim que cheirava sempre a erva molhada e a terra, apeteceu-me deitar-me ali e ficar a olhar para o céu ou para as folhas de ácer qual renda de bilros...

Até os cactos - os aloés estavam completamente floridos. As suas flores vermelhas apontavam para o céu como setas.


Não há muitos lugares onde sinta esta paz. Se todos pudessem ter uma hora por dia para gozar desta beleza, respirar a sério e pensar na vida, estou certa de que haveria muito menos quezílias e mais felicidade. Mas esta é uma felicidade que não se compra...









quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mia Madre


Um filme belíssimo, gerador de emoções das mais variadas, criadas por uma situação familiar próxima de todos nós, uma realidade sem sonhos mas mesclada duma imensa ternura e amor ilimitado sem pieguice com um equilíbrio extraordinário.

Um filme que todos devemos ver para que nos seja devolvida a fé nas pessoas e na Família.


Hoje em dia, a opinião pública proclama que os velhos são uns trastes dependentes, atrasos de vida que sugam o dinheiro dos jovens, uns inúteis e parasitas da sociedade.

Não estou a exagerar, já li e ouvi  afirmações destas em programas de cariz económico e político.

O filme retrata os últimos dias duma Mãe, a sua presença inequívoca na vida dos filhos e neta, a sua influência no dia a dia e na vida profissional daqueles que a rodeiam e assistem ao seu desvanecimento com preocupação e dor.


A música de Arvo Part acompanha magistralmente todo este processo, os momentos de humor ajudam a tornar a história mais acessível e a descomprimir a tensão familiar.

A interpretação de Nanni Moretti, Margherita Buy, John Turturro e Giulia Lazzarini | é inexcedível. Candidatos a óscares, sem qualquer dúvida.

No Festival de Cannes o filme mereceu uma ovação de pé durante 8 minutos.

Nanni Moretti está de parabéns. Mais um filme maravilhoso. E indispensável.





terça-feira, 1 de dezembro de 2015

De novo....o Natal

Hoje iniciei a época festiva.



 A minha Luisa é que tratou de arranjar o Adventzkranz no Bazar de Natal do Colégio Alemão. É lindo, muito simples, com as suas velas vermelhas grossas. Acendemos ontem pela 1ª vez.

Hoje a minha filha e a empregada foram buscar tudo a arrecadação e enfeitaram a árvore num abrir e fechar de olhos. Está linda. Não consigo já tratar destas coisas, no ano passado nem fiz presépio pois os netos não estavam cá. Mas este ano apetece-me fazer em dobro!


Acendi a lareira para me sentir no inverno e pus música de Natal e barroca. O ambiente ideal para me sentir na quadra....e como dizem os alemães "Alle Jahre wieder kommt das Christuskind". Todos os anos de novo chega o Menino Jesus. E com ele a tradiçao, as recordações, umas lágrimas, os cheiros e a felicidade moderada.

Há três anos escrevi isto na época de Natal.

Há quase 40 anos que é assim, sou sempre eu que enfeito a casa e se não a tinha enfeitava a dos outros, como aconteceu quando andei pela província. Muito me custa estar numa casa vazia de natal...nisso sou completamente infantil, adoro o ambiente, o cheiro das velas, a caruma e as pinhas que ainda hoje fui apanhar ao botânico e que estão cheias de resina. Dantes até tinha sempre um pinheiro a sério, mas ja há dois anos que faço a árvore com um artificial e o efeito não é menos bonito. Nunca gasto dinheiro em enfeites, apanho folhas, pedrinhas, ramos de pinheiro aqui da rua e com algumas folhas de cameleira, armo o local onde vou pousar o estábulo e as figurinhas antigas, que comprei quando vim para o Porto há 32 anos. Só o musgo é que é comprado e vem bem fresquinho ainda verde a cheirar a montes.

2012




segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Fernando Pessoa- 80 anos da sua morte


Fernando Pessoa tinha apenas 47 anos quando morreu, em 1935.


A sua doença teria sido facilmente atacada se ele vivesse agora. Na altura, não havia operações ao pâncreas. Nem curas para cirroses. Em três dias, desapareceu um vulto maior das Letras Portuguesas.

No Observador online, pode ler-se uma entrevista interessante com uma sobrinha do poeta,  Maria Manuela, agora com 90 anos;  recorda bem o tio, um homem engraçado, meigo, amigo de crianças...vale a pena lê-la:

http://observador.pt/especiais/pessoa-o-meu-tio-fernando-era-a-pessoa-a-que-eu-achava-mais-graca-no-mundo/

Fernando Pessoa foi um homem tão notável que é dificil imaginá-lo na sua rotina normal e vida familiar. Imaginamo-lo sempre como um homem só, observador do real, crítico  e instropectivo. Mas não seria assim.

A sua obra permanece um enigma, apesar das centenas de páginas escritas sobre ela.

Ficam aqui algumas das suas frases mais carismáticas e um poema recitado por Maria Betânia:





domingo, 29 de novembro de 2015

Fotos abstractas

Pertenço a um grupo de fotografia abstracta.

Fazem lembrar quadros, mas são fotos que, por acaso, ficam menos nítidas.

A sua beleza provém das formas que não se definem e permitem especulações.

Tenho tirado algumas cujos efeitos me agradam....

vidraça d marquise

círculos água


anémona- matosinhos

fonte em Westminster

água do mar