quarta-feira, 1 de março de 2017

Para ti, que nunca leste este blogue




Para ti, meu Amor, que te foste antes da Primavera chegar.

Ontem encontrei uma carta tua para mim na nossa casa.  Foi escrita em 1996.

Terminavas assim:

PS.  Aquilo que já sabes desde 20.08.65.

Era assim que tu dizias que me amavas. Sempre foste um enigma.


12 comentários:

  1. "A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes"
    Li está frase e parece-me adequada...
    Um beijo grande cheio de ternura neste momento que está a atravessar.

    ResponderEliminar
  2. Sim, experimentei todas as espécies de ausências e concordo com esta frase. A ausência prolongada também pode fazer-nos idealizar as pessoas e é isso que estoua a sentir neste momento....
    Bjinho

    ResponderEliminar
  3. Virgínia , Isto quer dizer que o pai do seus filhos morreu ?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, Madalena. O Pai dos meus filhos, Avô dos meus três netos...e o meu único Amor. Vivemos 29 anos unidos, 14 separados, mas nunca desavindos.
      É muito triste e ainda não consegui absorver a realidade. Vivo entre pontes....

      Eliminar
    2. Os meus sentidos pêsames para si, filhos , netos e restante família . É sim, muito triste ver partir sem volta quem se gosta ou estima . Felizmente com o decorrer do tempo vai suavizando este mal estar . Depois fica as boas lembranças . Tenho esta particularidade de pensar assim dos meus que já se foram . Abraço grande !

      Eliminar
  4. L´ABSENCE - de Jean-Loup Dabadie

    C'est un volet qui bat
    C'est une déchirure légère
    Sur le drap où naguère
    Tu as posé ton bras
    Cependant qu'en bas
    La rue parle toute seule
    Quelqu'un vend des mandarines
    Une dame bleu-marine
    Promène sa filleule
    L'absence, la voilà


    C'est une poésie aussi
    Où passaient les colombes
    Un soir de jalousie
    Un livre est ouvert
    Tu as touché cette page
    Tu avais fêlé ce verre
    Au retour d'un grand voyage
    Il reste les bagages
    L'absence, la voilà


    C'est un volet qui bat
    C'est sur un agenda, la croix
    D'un ancien rendez-vous
    Où l'on se disait vous
    Les vases sont vides
    Où l'on mettait les bouquets
    Et le miroir prend des rides
    Où le passé fait le guet
    J'entends le bruit d'un pas
    L'absence, la voilà

    L'absence

    D'un enfant, d'un amour
    L'absence est la même
    Quand on a dit je t'aime
    Un jour...
    Le silence est le même.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Fizeste-me chorar. O Manel ofereceu-me em 1965 o Toi et Moi do Paul Geraldy e sublinhou as passagens que considerava relevantes. São poemas como este, alguns duma realidade quase sarcástica, mas com outros sublimes em que o amor está expresso dum modo velado. Tenho falado com várias pessoas que conheceram o Manel, inclusivé com aquelas que conviveram com ele nestes ultimos meses de doença. A todos ele marcou dum modo indelével...
      Obrigada, Mim.

      Eliminar
    2. Minha cara mãe Portuguesa, recebe meus sentimentos pela perda. Recebe este abraço de teu filho sul-americano que quer que permaneças forte, mesmo entre pontes.

      Eliminar
    3. Meu querido Jorge,

      Estive para te telefonar ontem...queria ouvir uma voz amiga , a tua....
      Parece que adivinhaste.
      Mal sabíamos em 1993 que a nossa Amizade iria durar mais de vinte anos. Voltaria atrás, se pudesse. Mas não posso.
      Obrigada, um grande beijo e felicidades para ti e tua Família linda.

      Eliminar
  5. Sinto muito Virgínia.

    um beijinho

    Gábi

    ResponderEliminar