sábado, 23 de março de 2013

Jeremy Irons- The ultimate gentleman

Não vou falar muito do filme que fui ver hoje.

Vou falar dum actor que me fascina desde que, nos anos 80, vi a espantosa série britânica " Brideshead Revisited", extraída dum romance de Evelyn Waugh.
Durante semanas, os meus filhos bem novitos e eu estivémos pregados à RTP 2, naqueles breves momentos semanais, em que a série era transmitida.
O meu filho ainda hoje toca no piano a melodia principal do soundtrack , que podem ouvir abaixo, e quando o faz, não consigo deixar de sentir um nó na garganta nostálgico e de pensar na personagem de Charles,  interpretada por Jeremy Irons, um estudante de Oxford que vai passar férias a casa dum colega, numa família nobre e, aí desenvolve uma amizade pela família Marchmaine,  abrindo os olhos para a vida e para relações que se prolongam durante anos.


"Reviver o passado em Brideshead" foi, com enorme sucesso, adaptado em 1981 para uma série de televisão produzida pela Granada Television e realizada por Charles Sturridge e tendo como protagonistas Jeremy Irons no papel de Charles, Anthony Andrews como Sebastian Flyte, Laurence Olivier como Lord Marchmain, Claire Bloom como Lady Marchmain, Diana Quick como Julia Flyte e John Gielgud como pai de Charles. Para cenário da grande residência senhorial que dá título ao livro, foi escolhido o Castle Howard, um palácio rural barroco situado no Yorkshire.
(Wikipedia)
Penso que na altura, fiquei mesmo apaixonada pelo actor e ainda hoje, há qualquer coisa nele que me inspira e atrai. É o físico,  o rosto,  a voz, o modo como fala, o seu inglês,  o vestir, tudo. Adoro-o.
É talvez o meu actor preferido de todos os tempos.



Não poderia deixar de ir ver o filme que se estreou esta semana e que tem como cenário a minha cidade, Lisboa, apesar das críticas serem devastadoras, afirmando que o filme é um melodrama pastoso, sem ponta por onde se lhe pegue.

Não sei se o filme é bom, se é mau. Os actores são de primeira água, desde o alemão Bruno Gans, até ao fabuloso Tom Courtenay, que vi ao vivo na peça ART, em Londres, Christopher Lee,  Jack Huston da saga Twilight. às mulheres, Charlotte Rampling e Beatriz Batarda, uma panóplia de grandes actores, que acabam por não brilhar tanto quanto isso, devido à falta de chama do realizador, que arrasta um pouco a história, sem a desenvolver dum modo cinematográfico,  matando também o interesse do enredo e o enigma da personagem principal.

Apesar disso, gostei mais uma vez de ver o gentleman Irons naquele papel que lhe fica tão bem, o professor desencantado, que vive inquieto a pensar no verdadeiro significado e objectivos da Vida e encontra num livro e em Lisboa resposta para algumas interrogações.

Em memória da série e em homenagem ao actor , aqui fica a música que ainda me faz reviver o meu passado também. A série passa-se em Castle Howard, no Yorkshire, uma das mais belas mansões da região, que se encontra aberta ao público.




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4 comentários:

  1. Lembro-me perfeitamente da série e do diletante Sebastian, em contraposição ao jovem e sereno Charles. Uma pérola, aquela série!

    Para mim, acho que o Jeremy envelheceu mal, encovou e mirrou a cara e só manteve a voz e o cabelo. Continua, claro, um excelente actor.

    (tem comentário meu no post anterior)

    Bjos!

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  2. Sim, ele envelehceu, como todos envelhecem. Quem viu o Tom Courtnay no Billy Liar e no Dr. Jivago, ou mesmo ao vivo no ART, com o Arbert Finney, mal o reconhece. Mas a classe mantém-se. Muito melhor que qualquer George Clooney que faz furor aos 50 anos:)), só porque sorri...

    Há poucos actores que me levam ( ao altar????) , este é um deles....e tb alguns dos mais jovens ingleses, que tenho visto ultimamente....

    Bjo

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  3. Também me lembro de gostar muito de "Reviver o passado em Brideshead" e de ter gostado de Jeremy Irons desde então.
    No entanto, o que tenho lido sobre o filme não me faz ter muita vontade de ir vê-lo. Será que valerá a pena somente pelos actores?

    Beijinhos

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  4. Não sei, Isabel, pessoalmente gosto de filmes assim....lentos, belos e que fazem pensar, mas em termos de realização talvez seja realmente mau. Eu não achei, lembrou-me alguns filmes portugueses, que vi há muitos anos.....:))

    Só paguei 3 euros, de modo que para mim valeu muito a pena:)

    Bjinho

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