domingo, 18 de maio de 2014

A Ribeira by day

Não contente com o jantar há dias na Ribeira ( :)  ), hoje fui lá almoçar com a familia toda ( ex-incluído).

Estava uma tarde de sol e já era tarde, de modo que os restaurantes estavam cheios. Percorremos as ruazinhas todas, procurando um sítio agradável e não demasiado caro, mas foi difícil. Para mim, foi um gozo enorme, já que ando bem e de máquina a tiracolo, não há quem me pare!! Só tenho medo de cair ou escorregar nas ruelas de calçada...mas a visão destes séculos de História pôe-me em extase.

Mais uma vez fiquei boquiaberta com a visão azul do rio Douro. É de um azul tão profundo que parece irreal. Tudo adquire uma luminosidade especial.

As casas, qual delas mais rendilhada, varandas de ferro ancestrais, com roupa a secar ou transformadas em bares e restaurantes.
Ruelas apertadas em que os prédios quase se tocam com lampiões a condizer com as fachadas, já um pouco deterioradas, mas cheias de patine.

Crianças a correr pela marginal atrás duma bola ou a  tomar banho no rio (poluído...), felizes da vida...

Vendedores ambulantes a vender toalhas com galos de Barcelos, algumas com motivos de Natal, coloridas, q.b. Os estrangeiros adoram o ambiente popular e enchem as esplanadas ao sol.

Comemos dentro do restaurante num primeiro andar com uma janela abobadada com vista para o rio. Foi caro e não tão bom como na Mãe Preta. O bacalhau estava uma delícia, mas os rojões não tanto.




Do site Rotas e Destinos extraí este texto sobre este centro histórico tão carismático, mas simultaneamente tão desprezado.

Lugar de contrastes, na Ribeira convivem as duas realidades. Uma é ponto de partida de todos os city tours e cruzeiros que sulcam as águas num sobe-e-desce incansável, imagem de cartão-postal onde a cada dia se multiplicam as esplanadas, as lojas de vinhos e os restaurantes e a parte mais conhecida da zona classificada pela UNESCO como Património da Humanidade. É a sua face solar, alegre e curiosa, observada por um enxame de olhos e câmaras voltadas para as frontarias ora pintadas de cores fortes, ora cobertas por azulejos, com a lentidão do rio, o alvoroço das pombas e a fruta enclausurada em caixotes entre as mesas dos cafés. 



Na outra, onde a vida se desenrola em vielas tão apertadas que o Sol só aí se demora por breves instantes, solta-se o calão mais denso do burgo, as crianças descem pelos corrimões que dividem as escadarias, a água escorre pelos passeios e sons domésticos misturam-se com os de pequenas oficinas. Não fossem alguns sinais que denunciam o século XXI e julgaríamos ter viajado até à Idade Média, tal a atmosfera, a estreiteza das ruelas, os odores inclassificáveis.

2 comentários:

  1. Bonitas imagens da Ribeira. Mas eu achava-a mais típica quando tinha as barraquinhas onde se comprava fruta, hortaliça, peixe, etc, etc.Era mais popular. Mas ainda gosto muito de ir à Ribeira.
    Um abraço.

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  2. Obrigada. Estava uma linda tarde de sol e a animação era muita. Gosto muito de andar a pé, mas o meu ex- já estava sem ar, ele sofre de asma e o calor sufoca-o. Felizmente já estou muito melhor e ando razoavelmente. Uma boa semana.....sem chuva!!!
    jinho

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