sábado, 16 de maio de 2015

So you think you can dance?

Não sou fã de ballet, nem de actividades de expressão corporal como espectáculo, a não ser em casos muito particulares, como estes que vou descrever.

Nos anos 70 vi o filme Isadora  e fiquei apaixonada pela Vanessa Redgrave e o seu estilo liberto, alado, leve. Parecia-me estar a conhecer a dança pela primeira vez, a dança solta daqueles passinhos, das amarras do clássico, dos tutus e sapatinhos apertados em pontas. A dança era para Isadora libertação, vôo, beleza estética, mas também sentimento. Foi muito criticada e morreu de uma forma trágica.

Há uns anos vi um filme que me deixou paralisada na cadeira: Pina Bausch. Parece que ainda o estou a ver, a música, o ritmo, as cores, as figuras que se movem num emaranhado abstracto de sons e gestos. Uma maravilha. Apaixonei-me a sério pela dança contemporânea.

Ultimamente tenho-me rendido aos programas da Sic Mulher, que transmitem o programa americano : SYTYCD e mais uma vez, tenho seguido os passos dos jovens talentosos que se apresentam nos mais diversos estilos: hive, foxtrot, broadway, hip-hop, ballroom, African style, etc. Os programas são fascinantes, com um juri sui generis e coreografias do melhor que há no mundo.

Não se compara com a miséria do nosso Dança com as estrelas, em que o compadrio e o ridículo andam de mãos dadas e deviam ser banidos da TV. As danças são mal coreografadas, mal interpretadas e os votos mais que parciais.


Continuo a achar o ballet clássico extremamente monótono - Tchaikowsky, em especial, embora goste da música, em geral.


Mas aprendi a gostar da dança, sobretudo da que liberta, como esta. Ponho aqui dois vídeos dos vencedores da prova em 2014. Admirem o seu talento e elasticidade, competência e sincronização.


7 comentários:

  1. Também costumo ver o dito programa na SIC Mulher. Aquilo ali exige muito trabalho e não coisas feitas em cima do joelho ...Às vezes apercebo-me que há um jurado, no Dança com as Estrelas, que fica desolado, porque percebe bem do assunto, Não sei é como compactua com aquela situação de fantochada . Mas para a maioria do público, que não é exigente nem percebe do assunto está mais que bom. Depois são programas baratos e de trazer por casa.
    Tive uma altura que não apreciava ballet, mas um dia conversando com alguém que entendia do assunto comecei a aprender a gostar.
    Menciona neste post algo que a mim me toca particularmente, o facto da dança libertar.Verdade! Para além disso, dá-me uma imensa felicidade!...

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  2. Ainda bem que comentou esta entrada. Ultimamente há poucos comentários, penso que se deve ao Facebook, as pessoas passam a vida a comentar patacoadas no FB e cansam-se de blogues. Qualquer dia encerro as portas se vir que ninguém tem vontade de responder ou criticar o que escrevo. Sei que todos os dias me visitam cerca de 100 pessoas, mas como n.ao cometam é quase como se não existissem... :)
    Muitas vezes dancei sozinha para sentir essa libertação...e ainda hoje na piscina o fiz, já que estava sozinha. Bjinho

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    1. Não vai nada fechar o blog. Virgínia! Eu, por exemplo , leio vários mas nem todos comento...Acho que faço só a três. Conheço blogs que são muito visitados e com poucos comentários. O Sorumbático é um deles.É um blog colectivo e os seus donos são pessoas bem conhecidas do mundo da informação e ciência...Penso que as pessoas têm receio de escreve, preguiça para o fazer. Beijinho.

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  3. Virginia, em boa hora colocou estes vídeos. Foi um prazer admirar a arte dos dançarinos. Uma beleza! Sempre gostei muito de dança e, quando ouço uma boa batida, algo em mim começa logo a mexer. É mais forte do que eu. Com isto, parece que me estou a colocar ao nível dos dançarinos. Mas a dança tem uma componente libertadora que adoro :)
    Um beijinho e um bom dia para si

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  4. A mim também me acontece o mesmo. Vibro com a música mesmo que não haja visual nenhum. Nos concertos de musica clássica estou a sempre a reger a orquestra com os meus dedos :)
    Este programa é dado na SicMulher pelas 1 da manhã. Vale mesmo a pena esperar..... :)
    Bjinho e obrigada.

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    1. Estou a imaginá-la a reger a orquestra com os dedos :) Deixar-nos levar pelo ritmo é também uma forma de transcendência.
      Quanto ao seu comentário sobre o blog, espero sinceramente que continue, no compasso que bem entender, claro está. Eu gosto de visitá-la, de ler os seus textos sempre tão sinceros - acho que a Virginia é uma pessoa genuína. E não se esqueça que se o seu blog tem visitas é porque há pessoas que se interessam por aquilo que escreve e partilha, mesmo quando a sua passagem pelo seu blog é silenciosa.
      Um beijinho

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  5. :)

    São pessoas como a Miss :) que me impelem a expressar o que sinto...e sim, procuro ser genuina, não importo textos de fora, pois não acho isso interessante.

    Bjo

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