domingo, 5 de julho de 2015

Requiem para as calhetas


Quando eu era jovem vínhamos de barco a remos junto à costa de modo a contornarmos todas a enseadas e ilhotas, rochas e falésias aqui da zona. Conhecíamo-las pelos nomes de Cama da Vaca ou Antecâmara da Vaca ( inventado) e adorávamos mergulhar naquelas águas escuras mas transparentes...era um local excelente para namoriscar, isolado e lindíssimo.





Já foi há muito, já nem consigo lá ir a pé pelas rochas como os meus pais faziam. Só as vejo da estrada do Burgau, um caminho bastante ruim, ladeado de casas de ingleses, que cultivam os seus jardinzitos e admiram a vista espectacular da Ponta da Piedade ao pôr do sol.



Hoje fui lá com o meu neto. Andámos cerca de 3km e foi grande a minha decepção. Deixaram crescer o tojo de tal modo que, da estrada, mal se vê a costa, só o mar lá mais longe.
Os caminhos estão perigosos e escorregadios.
A vista só se vê dalguns pontos, poucos.



Havia flores, havia plantas silvestres, caminhitos escondidos e lá em baixo as enseadas - criques - românticas, belas, azuis e verdes, locais quase inacessíveis...agora parece que já não há magia.

Mesmo assim tirei fotos, até que a bateria acabou, também ela cansada de trabalhar.

2 comentários:

  1. Lufada de ar fresco o seu post... Os que costumo ler batem quase todos na mesma tecla. Grécia!
    Apesar da sua decepção em relação ao que conheceu de outrora aí para essas bandas, para mim, só vejo beleza nas suas fotos e de fazer sonhar...
    Fique bem ! Beijo.

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  2. Tinha escrito um longo comentário e desapareceu. Obrigada pelo seu afecto. Acho que iria adorar estar neste sítio onde se pode ver o mar até ao horizonte todos os dias....

    bjinhos

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