sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ouvir ou ver e ouvir música?

Hoje em dia , a música serve-se viva.

Há vídeos de concertos inteiros de bandas conhecidas, orquestras fenomenais e executantes exímios, gravações espantosas que nos pôem em êxtase, filmagens que acompanham os instrumentos com notável mestria, ouvem-se os aplausos, os encores e contemplam-se, ainda, os locais maravilhosos onde esses concertos estão a acontecer.

Mas apesar disso tudo, ainda prefiro ouvir música sem nada ver, de preferência com os olhos fechados, esteja aqui em frente à TV ou junto ao mar, a exercitar na minha bicicleta ou a andar de avião. Só consigo interiorizar os sons plenamente sem interferência da imagem. Fui sempre assim.

É-me mais importante ter um iPod simples do que um tablet ou iPad, em que me fornecem imagens e música simultaneamente...

Na Casa da Música, é-me frequente fechar os olhos para ouvir,  esquecendo os músicos no palco, o que não quer dizer que não aprecie a execução e os instrumentistas ou até os gestos do maestro.

Na net encontrei este pequeno texto que é muito elucidativo sobre o poder relaxante da música e que acompanha uma série de conselhos para melhor ouvir e apreciar.

When one listens to music, usually the music is played in the background while we do tasks such as work or household chores. This means we aren't actively listening to the music. Music can be a great, healing relaxer to help us escape from the various stresses of life these days. To really enjoy good music of any genre and harness these relaxing effects, we must really listen to it. 

 Eu acrescentaria mais, a música exerce  em mim um poder mágico e compensa-me em alturas dramáticas ou de stress.

Sem música, não conseguiria viver...




5 comentários:

  1. É verdade. Quando alguma coisa nos apela principalmente um sentido, tendemos a neutralizar todos os outros. Olhe, por exemplo, o cheiro de uma rosa muito perfumada: eu fecho os olhos ao cheirá-la, concentrando todo o meu corpo e alma na fragância e para onde ela me conduz... (boa ideia fotografar o piano, hei-de fazer o mesmo aqui com o órgão cá de casa - isto soou mal agora).

    Bjos

    ResponderEliminar
  2. Bonita fotografia!
    A música também me faz muito bem. Relaxa e acalma, além do bem estar que proporciona.Por instantes faz esquecer os momentos tristes!!!!

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  3. Eu também não conseguiria viver sem música, ou pelo menos a minha vida seria muito mais triste, sem dúvida.
    Acho fantástica essa ideia de um sentido que neutraliza os outros, de que fala o Paulo, o que explica também, talvez, a nossa tendência para fechar os olhos quando damos um beijo, por exemplo, ou perante qualquer outra sensação assim intensa e avassaladora.
    E, no entanto, eu também gosto de um concerto de música ao vivo, onde ver e ouvir fazem parte da mesma emoção partilhada.

    Post muito interessante, para não variar...
    Beijinhos

    Isabel

    ResponderEliminar
  4. O piano foi fotografado em casa do meu filho e o meu neto estava a tocar e ficou reflectido na tampa.

    Não gotso tanto de concertos ao vivo - refiro-me aos não clássicos - nunca acho a música suficientemente boa, os cantores cantam mal....e dou muita importância à qualidade do som. Já ouvi Nick Cave, Divine Comedy, Tindersticks, Beth Gibbons, os Dubliners e só um ou outro me entusiasmou. O som nem sempre é bem regulado, há muita vibração e cantam pouco.....

    Há momentos em que fechamos os olhos a tudo o que não interessa.....Paulo! É tb uma defesa.....

    Bjinhos

    ResponderEliminar
  5. Interessante. Também gosto de ouvir música de olhos fechados, mas sempre vem imagens à mente. Daí gostar de ver, de vez em quando, imagens coloridas abstratas, que atiçam o sentido, mas não remetem a nada. Abraços anônimos de um surfista de internet notívago.

    ResponderEliminar