quinta-feira, 28 de novembro de 2013

La Vie d'Adéle


Mais um filme falado em francês que vejo este ano.

Escrevo-o com grande prazer e sem qualquer espécie de pejo, já que na sua maioria, os filmes que vi me têm agradado muitíssimo.
Fui vê-lo sem ter lido absolutamente nada sobre o filme, o que é desde já excelente, pois colocados diante do écran numa sala quase vazia, estamos vazios de preconceitos, de ideias alheias ou de elogios fátuos. Estamos virgens perante as imagens e elas tocam-nos pela primeira vez.

O filme impressionou-me do princípio ao fim e considero-o um dos melhores que vi este ano a par de Moliére em Bicicleta e Dans la Maison, que também me encheram as medidas.
Ver filmes que não metem telemóveis nem cidades poluídas, que tratam gente como gente, na profundidade do seu carácter e no dramatismo das suas emoções, é sempre um prazer, ainda para mais adoçados com a bela língua de Vitor Hugo.
La Vie d'Adéle, com 179 minutos, poderia ser insuportável, não fora a delicadeza da realização e as interpretações magistrais das duas actrizes principais, que nos comovem do princípio ao fim. Com cenas explícitas de sexo talvez um pouco prolongadas para meu gosto, o filme é esteticamente belo como o rosto da adolescente, que cresce, ama, sofre e se torna mulher.

É um filme francês de drama, dirigido por Abdellatif Kechiche. Ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013
Baseado no romance gráfico Le Bleu est une couleur chaude de Julie Maroh. Narra a história de amor entre Adèle (Adele Exarchopoulos) e Emma (Lea Seydoux).

Fui com a minha filha pelas 3 e depois jantámos no restaurante Serra da Estrela, antes das  7, um belo bacalhau com natas e um cheesecake de comer e chorar por mais. Há momentos felizes.

Fica aqui o trailer para quem tiver curiosidade:





2 comentários:

  1. A minha filha Susana também foi ver esse filme, mas ainda não pude falar com ela sobre ele.
    Mas ela sabia que era bom. Um beijo.

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  2. Pode haver pessoas sensíveis que achem o filme demasiado erótico, as cenas de sexo são prolongadas demais e podiam bem ser cortados 15 minutos ao filme, mas o resto é muito belo.....
    Bjinho

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