segunda-feira, 25 de novembro de 2013

OUTONO

RUÍNAS

Se é sempre Outono o rir das primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair...
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!

E deixa sobre as ruínas crescer heras.
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino de Quimeras!

Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais altos do que as águias pelo ar!

Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!... Deixa-os tombar... deixa-os tombar...
Florbela Espanca

4 comentários:

  1. Uma foto belíssima, como sempre, acompanhada de um belíssimo soneto.
    Ab Regina

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  2. Podes ir ver esta árvore à Casa das Artes. É um monumento ao Outono!!

    Bjo

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  3. Gosto muito do poema apesar do seu pessimismo. Vou mais pelo Gedeão " O sonho comanda a vida". Temos que agarrar os sonhos e tentar concretizá-los.
    A árvore é um sonho!!!!!!

    Um beijo.

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  4. Vale a pena ir vê-la à Casa das Artes que agora está aberta ao público. Fiquei lá horas sem fim e vou voltar de manhã para ver o sol a dar nessa parte do jardim. É ul local sagrado.
    bjinho

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