quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Regresso às paisagens - às vezes sonho....


Sonho muitas vezes com paisagens de campo sem fim...

É raro passar dias nesse tipo de habitat, mas a minha imaginação é fértil quando se trata de sonhar...


Eis aqui um quadro que pintei há dias:



E aqui fica também um poema de Alberto Caeiro, um dos heterónimos de Fernando Pessoas que mais me fascina com uma mensagem simbólica.


Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...

Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer

Porque eu sou do tamanho do que vejo

E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena


Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,

Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe

de todo o céu,

Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos

nos podem dar,

E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.



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