domingo, 3 de setembro de 2017

Anda comigo ver os aviões


É uma canção que me enternece, sempre gostei dela, embora não seja fã da banda.

Hoje fui sozinha não ver os aviões, pois não era essa a minha intenção, mas à Feira do Livro numa tarde cheia de sol, a convidar a passeio. Tinha pensado em ficar em casa à espera do jogo da selecção que se está a desenrolar agora, mas depois de ter ido almoçar fora com o meu filho, não me apeteceu voltar para casa. Ele deixou-me junto ao Palácio, onde gosto de passear, mesmo quando está cheio de gente. Já uma vez lá estive num S. João a ouvir um concerto e achei graça às pessoas sentadas e deitadas na relva, os picnics, o ambiente de festa que os portuenses amam.

A primeira vez que fui ao Palácio não conhecia o Porto, tinha 21 anos e namorava o M., que pacientemente, me mostrou a cidade a pé. Lembro-me muito bem do beijo que ele me deu às escondidas, num canto do  jardim.








 Hoje havia muitas mais pessoas todas na esperança de ver os aviões da Red Bull Air Race, ao vivo. Fiquei curiosa e aproximei-me dos locais donde se disfrutava a vista do rio, sempre belo, sempre azul lá em baixo.

Nas margens as pessoas apinhavam-se e em Gaia, viam-se formigas circulando dum lado para o outro. Consegui fotografar dois aviões em posições estratégicas, embora eu estivesse numa zona pouco propícia e não ousasse meter-me no meio da multidão.

Sentei-me num banco, donde se entrevia o rio por entre as árvores e só esse cenário sem aviões já valia a pena.

Por fim dirigi-me a uma espécie de morro, subi-o e sentei-me no meio das pessoas.



Infelizmente, já só passaram caças ruidosos a marcar o final da corrida.




As pessoas perguntavam-se se aquilo era tudo, pareciam um pouco admiradas, umas turistas francesas não percebiam nada do que se estava a passar e ainda lhes expliquei, mas elas acabaram por se ir embora.



Vim pela Feira do Livro que entretanto, estava pejada de gente. Mesmo assim consegui comprar dois livros, um que andava há muito à procura e que tive a sorte de comprar por 7 euros, a Nave do Loucos, do qual foi realizado um filme nos anos 60 que nos impressionou imenso, a mim e ao M. Discutimos por cartas as personagens todas, identificando-nos com duas delas. Estava morta por ler o romance, procurei-o no Kindle , mas não consegui. Já tenho que ler por semanas.

Foi uma tarde com o "povo" como dizia uma tia minha muito castiça. Ás vezes sentimo-nos bem acompanhados por pessoas anónimas.


4 comentários:

  1. Adorei esse file que vi em 1967, creio eu. Fabuloso....
    Bjs

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    1. Reli as cartas em que ambos falamos dele. É uma sensação estranha...

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  2. Também comprei aí A Nave dos Loucos e senti-me cheia de sorte por o ter encontrado (fui à FL no dia em que começou, mas quando já escurecia, e quase não deu para ver nada)

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  3. Nunca mais tinha pensado nesse filme e livro até que li as cartas de 1967, ano em que o filme se estreou em Lisboa. Fui vê-lo sozinha e adorei. Voltei a v|ê-lo com os meus Pais no ecran gigante do Monumental e falei dele ao M., que o viu no Porto com a Mãe. Temos vários comentários sobre as personagens, a sua evolução e a nossa identificação com eles. Andei a ver se havia em formato Kindle, mas era muito caro. Fiquei espantada de o encontrar em português e numa edição nova. Foi mesmo uma sorte. Bjinho

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