quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Há sete anos


Escrevi esta entrada do meu blogue antigo ( 2009-2012). Porque gosto dela e ainda penso e sinto exactamente o mesmo , transcrevo-a aqui e anexo a fotografia que tirei nessa altura nas rochas da Calheta onde passava férias em Junho.

Pode-se explorar nas cidades, nas casas, nas ruas, nos jardins, nos becos mais antigos, nos recantos escondidos, nas calçadas, nas escadinhas, nos sótãos ou em salões. Numa cidade, encontra-se sempre alguma coisa de novo, uma inscrição, um grafitti, um nome, um vestígio, traços , pegadas, riscos ou desenhos. Uma cidade é feita pelos homens e tem a beleza, a variedade e a fealdade dos que a habitam e a construíram. 



A Natureza, a verdadeira, tem dificuldade em respirar no meio de uma grande cidade. Ninguém apanha cardos, rosas bravas ou espigas. Compram-se flores a sério, cortadas ou em vaso, semeiam-se bolbos, plantam-se cactos, colocam-se-se árvores dentro de casa para simular aquilo que se não tem: a Natureza.
Saímos da cidade e encontramos uma explosão de maravilhas. A Natureza é pródiga em nos oferecer os seus encantos, prendas, simples ou sofisticadas, mas sempre produzidas por ela, sem recurso a nenhum artifício...os anos, os meses, os dias encarregam-se de moldar estas ofertas, a chuva, os ventos e o sol são os seus artistas privilegiados. Há esculturas na pedra que parecem feitas pelos homens, mas não são. Há plantas duma variedade infinita que nascem entre as rochas mais fustigadas pelo mar e onde se diria que nem os cardos poderiam alguma vez medrar, há arranjos florais lindíssimos na terra a céu aberto que nenhum de nós conseguiria inventar. É só preciso olhar, observar e admirar.
Nesta colagem vão os resultados da minha exploração de hoje à tarde, aqui a dois passos do jardim. 
Foi só descer as escadas...e a exploração começou. 
Bem haja a Natureza. É bom viver.



2 comentários:

  1. Gostei dos resultados da exploração
    (penso que eu não os descobriria porque muitas vezes me perco no quadro geral sem atentar ou descobrir os encantos)
    um beijinho

    ResponderEliminar
  2. Este ano talvez porque estava com alguma dificuldade em andar nas rochas, não andei por ali a prescrutar as plantas selvagens nem sequer as algas que adoro ver dentro de água. Aproveitei melhor os banhos, já que a água estava boa.
    Bjinho

    ResponderEliminar