domingo, 28 de fevereiro de 2016

Turista acidental na Invicta




Hoje resolvi ver a cidade que me adoptou com olhos de turista acidental.

Tirei 230 fotos a esta cidade. Das 12 às 17. Quase non-stop.



A visita começou com um almoço na Cufra com a minha filha: posta de vitela na pedra com esparregado e batata a murro. Era tanta que ainda trouxémos para o jantar. O restaurante estava semi cheio, o que é raro. Num instante se encheu de famílias e pequenada ruidosa, já nós nos vínhamos embora. 
A praia estava um espanto, lá fora um ventinho gelado - 8º no ar - a lembrar Leeds no inverno, a mesma luz do sol por entre nuvens negras, suspeita de chuva que não chegou a cair, e o mar calmo, mas belo, como prata polida em dia de festa. Uma luz que aliciaria qualquer fotógrafo...e eu não resisti.

Na praia, viam-se surfistas, crianças e cães atrás dos donos, pessoas sentadas em meditação, grupos a tomar café nas esplanadas, miúdos correndo em liberdade. 

Pergunto-me muitas vezes se o verdadeiro Éden não seria um areal imenso rodeado dum mar benfazejo a beijá-lo, e não aquele jardim piroso com árvores plastificadas das gravuras. Adão e Eva andariam a correr nús pela areia e o fruto proibido seria banharem-se nas ondas cálidas do paraíso. Mas basta de blasfémia!

Viémos a pé até ao Castelo do Queijo que, como sempre, oferecia uma imagem de solidez, as suas ameias em contra-luz no meio das praias.

A nossa ideia era apanhar o autocarro para casa - o 200 - que passa mesmo em frente na Rua do Campo Alegre.

Mas a volta foi outra completamente diferente.
Parou mesmo à nossa frente um autocarro amarelo de turismo, com o andar de cima aberto e num segundo, olhei para a minha filha e ambas dissémos: Vamos?!

Estava fresco, mas subimos para o andar descapotável, donde se desfruta plenamente do panorama. E sem dar por ela, demos uma volta inteira ao Porto e a Matosinhos em 2 horas. Sem sair do autocarro.

A descrição do que eu vi - a cidade inteira -  e fotografei não cabe nesta entrada.

Ficará para a próxima...

5 comentários:

  1. Ando com vontade de fazer esse trajeto no autocarro amarelo... mas o tempo é cada vez mais curto.
    Belíssimas fotos, como sempre
    Ab

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  2. Vale a pena, Regina. Por 13 horas, podes andar 2 h sem sair ou sair e voltar a entrar depois de teres visto algum local mais interessante. Se o tempo estiver como hoje, não é o ideal para ti, pois lá em cima estava frio - que eu aguentei por amor à fotografia -. Num dia de sol radioso, é mais quentinho, mas menos fotogénico. Leva os teus netos que pagam metade e adoram o passeio. Nunca pensei que durasse tanto....
    Bjo

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  3. Já me está a dar ideias, Virgínia ...
    Pelo que relata já se sente em forma depois da intervenção cirúrgica. Ainda bem !
    Ainda ontem, na hora do almoço familiar, dizia que no Norte ficava sempre coisas para ver . Isto porque a tv noticiava uma farmácia museu aí no Porto com aspecto digno de ser visitada. Assim é a Livraria Lello que ainda não deu para entrar lá dentro. Ou é porque está fechada ou porque as filas eram enormes...
    Beijo e boa semana !

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  4. Vivo cá ainda tenho 90% da cidade para conhecer. O Porto é um museu permanente. Andar nas ruas da zona histórica é em si mesmo uma visita aos museus. Hoje vou colocar mais uma fotos tiradas do autocarro. São sui generis....
    A vida guarda sempre segredos para nos colorir os dias.....

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