quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Em família

Os meus netos estãoa gozar de férias de outono por uma semana.
Calhou bem, pois posso estar mais com eles e fazermos coisas diferentes. Anteontem fomos a um espectáculo muito interessante organizado pela comunidade de artes e música, na qual o meu André recebe aulas de violoncelo. Era um concerto interactivo, em que os músicos tocavam peças curtas do barroco e música antiga , com danças a condizer. Depois, cada um apresentava uma pequena história do seu instrumento, violino, violoncelo, pandeireta, tambor, címbalos, etc. e a evolução nos séculos dos mesmos...
A certa altura pediram um voluntário para dançar e o André levantou-se como um foguetão, saltou para o palco e demonstrou as suas qualidades de dançarino acompanhado duma bela donzela que muito o elogiou. Numa segunda dança, convidaram mais meninos e o Daniel também foi, fazendo uma roda, que se movia ao som da música de corte. Muito giro e simples, sem qualquer desejo de convencer os ouvintes, apenas dar-lhes prazer com a sua música. À saída demos donativos para o ensemble e comunidade.

A música é sempre algo que corresponde à nossa necessidade de expressão. Sinto-me em paz quando oiço este tipo de música. Hoje em dia é a que mais prazer me dá.

Ontem tive uma uma Happy Hour com o meu neto Daniel. Saímos

 e fomos passear para a Castro Street, uma avenida adornada de árvores dos dois lados, com lojas até perder de vista. 70% são restaurantes, mas também há livrarias, lojas de roupa, drogarias, etc. Andámos numa livraria, onde comprei um livro sobre San Francisco, pois quero lá ir na próxima semana. Depois lanchámos num local tipicamente americano , embora o nome seja grego _ Olympus.

 A oferta excede tudo o que se possa imaginar. O Daniel comeu uma pancakes enormes e eu limitei-me a um folhado de espinafres, que estava óptimo. Depois fomos para um jardinzito, onde jogámos um jogo de cores. Eu dizia uma cor e ele tinha de ir para o local onde houvesse essa cor. Foi divertido!!!

À noite, depois de comermos o meu rosbife, que me pareceu estar bom e saboroso com vagens e cenouras salteadas e arroz, houve uma sessão de música. Toda a família tocou e cantou, resmungou, amuou, brincou e riu q.b. ...um bálsamo para a mente.


Já me estava a fazer falta ouvi-los todos a tocar em comjunto e também a discutir por coisas de lana caprina.

Vim para casa feliz...é bom estar em família!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Nem sei por onde começar....

Parece que já saí do Porto há uma semana e afinal foi só há dois dias....

A viagem foi execelente, malgré o meu joelho dar uns estalidos de vez em quando. Valeu-me a minha nora que me puxou o trolley onde trazia o meu laptop, máquina fotográfica e documentos. Ainda pesava um pouquinho.

Sinto-me quase em casa, não fora a falta de autocarros a descer a avenida e os taxis que aqui não se vêem.
O Hampton Inn é uma casa muito simples, mas com decoração luxuosa nos quartos e casa de banho. Uma pessoa sente-se mesmo inspirada aqui, as fotos de S. Francisco, a mobília toda preta, o televisor gigante, que ainda nem abri, o mini bar com tudo- a minha Luisa ficaria feliz com os chazinhos, cafés e chocolate quente à disposição. Até tem uma mistura para fazer pipocas e uma máquina de pipocas.

Acordo muito cedo - a diferença horária é de oito horas - de modo que o dia me rende muito mais.


Hoje alem do pequeno almoço lauto, já fui às compras pois quero fazer um jantar opíparo para os meus meninos: rosbife com verduras, peixinhos da horta e arroz.
Oxalá atine com o forno que é sofisticado!!! O preço das coisas é barato, gastei 18 dollares por 1k e meio de bife, feijões verdes, cenouras e alhos. O dolar vale 20 centimos menos que o euro.

Loja aqui perto não há. Só comes e bebes, lavandaria e cabeleireiro, mas a 15m a pé tenho a Castro Street com nada mais que 70 restaurantes todos de nacionalidades diferentes e lojas várias!!!  Aqui perto do hotel até há um Sr. Sousa, mercearia com todos os vinhos portugueses, chouriços, queijos, etc. Talvez faça um cozidinho no dia dos anos do meu André.
Ontem fomos à praia da Capitólia, que fica a uns 45m de carro daqui. É pequena mas muito pitoresca. Os meninos tomaram banho, mas as ondas eram muito fortes e as tantas uma invadiu o local onde eu e a minha nora estávamos sentadas. Molhou-nos completamente - e pior - a minha carteira, onde estava o meu iPod, que ficou inutilizado. O telemóvel da Ana tb ficou gago!!! Nunca me tinha acontecido tal. Tive de tirar as calças e ficar em calcinhas ( pretas) por baixo do polo que trazia e tb se molhou um pouco. Nada agradável....

Tirei algumas fotos muito pitorescas, esta praia é mesmo um resort com todo o tipo de lojas e restaurantes.







Almoçámos numa tipica hamburgeria americana em frente a um laguinho, onde os patos, albatrozes e gaivotas bulhavam pelos petiscos dos restaurantes anexos. As casas tipo bungalows de praia chamaram-me a atenção pelas cores e desenhos artísticos.





























E agora fico por aqui....pois a minha nora vem-me buscar daqui a nada e vou preparar as coisas para levar.

Para já sinto-me bem. Foi óptimo ter optado por ficar no hotel pois gosto desta calma e silêncio. Na casa dos meus filhos seria muito cansativo e estou mais à vontade!

Hasta luego!








quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Regresso ao blogue

Já há dias que não escrevo nada.

Tenho andado mais pelo Facebook e ontem tive uma discussão no Woophy Photo Club a propósito de umas fotos de campinos a tourearem uns garraios no centro de Vila Franca de Xira. O  meu amigo fotógrafo que lá pôs a sua obra comentava que isto revelava a baixeza torpe das gentes portuguesas. Ele é inglês ou apátrida e vive há muitos anos em Portugal. Não gostei e respondi.

Podia ter ficado indiferente às fotos, mas não fiquei aos vários comentários que se fizeram a propósito, partindo do princípio que todos nós, portugueses, apoiamos a festa brava e aplaudimos o machismo ou marialvismo. Isso não acontece.

Os meus pais gostavam de touradas, sobretudo à Antiga Portuguesa, e até foram a Sevilha ver a Fiesta, vindo de lá com filmes e fotos muito coloridas e bonitas. Na altura não havia grandes movimentos contra a crueldade dos animais, aceitava-se a corrida como parte da cultura nacional.

Nunca gostei de touradas, até porque as achava terrivelmente monótonas. Havia um certo brilhantismo nos fatos, poses, etc., mas os touros eram humilhados e mesmo "torturados" só para prazer dos marialvas. Há muito que sou contra e até já assinei petições para acabarem com as touradas.

Foto de Stewart Scott em VFX
O fotógrafo em questão resolveu despedir-se do grupo, alvitrando que havia censura e que não lhe interessava estar a pôr fotos para ser censurado. Um exagero,  que atribuo ao seu feitio extremamente susceptível.
Já o conheço há mais de seis anos e sempre nos escrevemos por fora, apreciando eu - e muito - as suas qualidades humanas e artisticas.

Tudo isto me deixou triste e revoltada com o FB. Só serve para malentendidos.

Depois de amanhã vou para os EU. Provavelmente não escreverei mais aqui até lá chegar.

Continuarei para a semana com impressões e fotos de Palo Alto, onde vou viver durante 18 dias. Vou ver os meus meninos, que estão a contar os dias - literalmente - para eu chegar.

Vai ser um daqueles abraços que nunca mais acabam....




domingo, 5 de outubro de 2014

Em casa


Há dias em que não me apetece sair de casa.

Sinto-me bem, feliz aqui, longe da louca multidão ( como dizia  Thomas Hardy). Não que odeie ver gente, mas não necessito dela para me sentir bem comigo mesma.



Cada vez mais aprecio os pequenos momentos de música, de contemplação, de beleza natural....sem artifícios, sem distracções, sem paleios.

Há quem tema que eu entre em depressão. Não, pelo contrário, nunca senti esta paz e realização pura na solidão da minha casa....

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O outono a chegar

Ainda não chegou ao meu jardim....o Botânico, claro.


 Hoje estava mais meu que nunca, não foram uns operários que andavam por ali com umas máquinas barulhentas, a assustar ao pássaros, cujo canto maravilhoso se ofuscava perante tanta poluição sonora. Um crime.


Não sei o que pretendem fazer da Casa Andersen, mas acho criminoso destruírem-na quase por completo, tendo ela sido restaurada e pintada há menos de cinco anos. Será que há dinheiro para esbanjar na cultura? Disseram-me que vão ter ali actividades à noite e um bar-café para estudantes, mas não me parece que seja necessário deitar abaixo as janelas da casa mais pequena e remodelar as paredes que tinham uma harmonia perfeita, picar todas as paredes da casa-mãe e quase deitar abaixo os símbolos neoclássicos das escadas!!! Gostava que alguém me explicasse o que se pretende fazer.

Felizmente o jardim de nenúfares mantém-se impávido e sempre surpreendente e as plantas, devido a estas chuvas, parecem mais viçosas e belas. Mesmo sem o carinho de quem as cuide. Até as rosas
continuam a abrir em todo o seu esplendor, mesmo junto às barreiras de rede que nos separam da casa.

O Outono ainda não chegou à vinha virgem que cobre o caramanchão, nem aos áceres...está tudo verde escuro, a brilhar ao sol, como se estivéssemos em Julho.

Oxalá o Outono só chegue em Novembro, quando eu voltar dos EU, e puder gozar os tons vermelhos e castanhos na sua plenitude.

Ir ao Botânico é uma catarse.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dia Mundial da Música


Disse Nietsche:


Sem Música a vida não teria sentido.

Não sei se isto é verdade para todos os humanos, mas creio que para mim será.

A vida não teria tanta cor, nem tanta beleza, nem contentamento espiritual, nem consolo em horas menos boas...

Tenho passado muitas horas sozinha este ano, sobretudo nestes últimos meses. Habituei-me a pegar no comando e a sintonizar os canais Mezzo ou Brava para ouvir música clássica. É um hábito que me fará falta quando não estiver cá. Tenho meu iPod, mas não é a mesma coisa!

Não sei que idade tinha quando ouvi musica clássica pela primeira vez. Lembro-me do escritório do meu Avô, com um rádio pequeno, donde saíam sons lindos. Lembro-me de me sentar no colo dele e de estar ali aninhada a ouvir, sem fazer mais nada. Parece-me que ainda consigo sentir o cheiro do seu roupão azul escuro aveludado. Nunca teve gira-discos, nem gravador, faleceu precisamente a 1 de Outubro em 1961, sem saber o que era uma cassete, um DVD ou Internet. Mas apreciava a música como se tivesse tido isso tudo. E mais, ensinou-nos a gostar dela também. Foi a dádiva maior que nos deu. God bless him.

O meu Pai percebia bastante de Música sem nunca ter tocado nenhum instrumento. Adorava comprar discos vinil e a nossa discoteca era bastante completa, embora ele não fosse apreciador de música de câmara ou de canto, em especial. Gostava de música orquestral e compositores românticos. Bach, por exemplo, não era muito do seu agrado.

Habituámo-nos a ouvir a minha Mãe a tocar piano depois do almoço, Chopin, Debussy e pouco mais. Deixou de tocar de um momento para o outro, nem sei bem porquê. Todos nós tocávamos piano  e ela cansou-se. Houve uma altura em que relegaram o piano para um quarto no rés do chão que nós chamávamos "quarto das brincadeiras". Dava para o jardim e tinha o ambiente ideal para se tocar descansado.

Nos anos já depois de casada, a música continuou a ser a minha companhia constante. Era raro não ter o giradiscos a tocar enquanto trabalhava, via pontos, preparava aulas ou cozinhava. Dava-me paz.

Também ouvia muita música brasileira e portuguesa na altura, assim como música anglo-saxónica excelente. Ainda hoje oiço alguns desses cantores como Cat Stevens, Joe Dassin, Leonard Cohen, Elton John, etc. com saudade. O meu ex-marido não gostava de música clássica, mas ouvia música ligeira com prazer, sobretudo enquanto jovem. Depois deixou de querer ouvir e irritava-se com os filhos por eles terem sempre música a tocar...

O meu filho João habituou-se deste bem pequenino a ouvir tudo e cantava na varanda da nossa casa de Chaves para as pessoas que falavam com ele da rua. Sempre foi apaixonado pelo piano e flauta e agora, ele e a minha nora acompanham os filhos em festas e concertos.

Ultimamente, não vou a muitos concertos, nem na Casa da Música. Não me contento com quase nada, é raro gostar das interpretações ao vivo e não vibro como dantes. Não me apetece sair à noite. Não me apetece ver gente a ouvir música. Aborrece-me o barulho da sala, a falta de respeito, as palmas fora de sítio, enfim...estou a envelhecer e a ficar anti-social. Acontece.

 Gosto mais de ouvir música aqui na minha sala, sozinha, sem mais ninguém.

Deixo-vos aqui a foto duma partitura que pertenceu à minha Avó. A dedicatória, escrita pelo meu Avô em 1927,  fala por si.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Impossivel ignorar


Raras vezes tenho aqui discutido política. É assunto que propositadamente evito, já que, noutros blogues, ela abunda.

Mas hoje e, perante uma foto que encontrei no Facebook, não posso deixar de me interrogar:

O que mudou com a eleição de António Costa?



Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!

domingo, 28 de setembro de 2014

O que vale são as pequenas maravilhas

Hoje tenho-me entretido com a contemplação, o gozo pleno de coisas simples  e belas, como a vista das janelas da minha casa que de repente se iluminaram com o sol da tarde, depois duma noite de chuva, verdes ( ainda), cheias de gotinhas de água, resplandecentes.

Estive a pintar um quadro mas ainda está a secar. Penso que ficou bonito, mas não sei...

No mezzo transmitem um concerto de que gosto muito de Schubert. Ouvi-o tocado pelo Pedro Burmester com a Orquestra do Porto em São Bento da Vitória.  Foi magnífico.

O Woophy agora sugere actividades de fim de semana ligadas a temas. O desta semana é fotografia com letras ou números que apareçam casualmente num cenário normal.

Tinha tantas fotos possíveis no arquivo!!
Escolhi estas e foram bastante apreciadas. Nas legendas podem ver de que se trata. Bom resto de domingo!

Poema de João de Medeiros - Pedreira do Nordeste - Ilha de S. Miguel

Mini livro com as obras completas de Jane Austen ( !)

Montra da livraria Waterstones em Leeds

Mapa para turistas da Abadia de Kirkstall em Leeds

Autocarro para turistas na Madeira

Anuncio do shopping Trinity em Leeds

sábado, 27 de setembro de 2014

Privilegiados

Hoje tenho estado em casa.

Acordei cheia de tosse - a tal que eu temia - e embora, já ontem me tenha precavido com a compra de uns comprimidos que são fortíssimos, de manhã sentia-me mesmo mal, com dores no peito e pouca vontade de fazer algo mais criativo.

Andei por aqui, ouvi música, vi documentários na TV e nada fiz de especial.

Vi na SIC um dos programas que mais aprecio : 60 minutos, da CBS americana.

São sempre obras primas, que vale a pena ver e rever.

Este versava sobre o Estado Islâmico e assustou-me muitíssimo.
Não sei como é que o mundo pode assistir a este massacre, como é que estas populações podem sobreviver com as armas apontadas à cabeça, as mulheres em constante risco de serem levadas e abusadas, as crianças separadas dos pais, a falta de tudo, o terror, o medo, a escuridão...

Passamos o tempo a queixar-nos de que o nosso país deixa a desejar ....e quantas destas pessoas dariam tudo por uns dias aqui... em paz?

Somos uns ingratos, uns ambiciosos e às vezes mesquinhos. Tudo nos é dado, um clima espectacular, uma paisagem maravilhosa na maioria dos casos, um mar lindíssimo e riquíssimo em espécies, liberdade de escolha daquilo que lemos, ouvimos ou dizemos. Mas as queixas são imensas e de todo o género, vindas de pessoas mais que privilegiadas. O FB está cheio delas.

Oiço no BRAVA um dos mais belos concertos de violino que conheço: o Opus 35 de Tchaikoswky. O violinista é Joshua Bell, um dos mais famosos artistas americanos neste momento.

De repente esta melodia leva-me numa viagem no tempo até aos meus 10-12 anos, ao Coliseu dos Recreios em Lisboa, onde ouvi pela primeira vez este concerto tocado por Ruggiero Ricci e fiquei apaixonada por Tchaikowsky que já conhecia do Lago dos Cisnes.

Sei-o de cor, quase nota por nota. O leitmotiv é duma beleza nostálgica tão expressiva que me faz chorar...que feliz eu fui em criança....que sorte eu tive de viver numa família em que se amava e ouvia música...que feliz eu sou por habitar num país lindo onde reina a paz....que ingrata ao queixar-me duma gripe inofensiva.

Deixo-vos este concerto neste sábado que começou com sol, mas vai ter chuva pela certa.....


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Blues

Hoje estou com os blues.

Melhor: estou engripada, nariz a pingar, aquelas constipações que dão dor de cabeça e em que só apetece fechar os olhos e não prestar atenção a mais nada. Não que tenha muito a que prestar atenção, mas gosto de ouvir um bom concerto no Mezzo e vibrar com os intrumentos em sintonia ou ver um filme e interessar-me pelas personagens e enredo, sem estar a espirrar de 10 em 10 minutos e a assoar-me ao papel de cozinha, pois os lenços já são pequenos nos intervalos dos espirros. E ainda não veio a tosse, que é o que mais temo, pois deixa-me completamente exasperada.

Tudo porque ontem no balneário do health clube estava uma corrente de ar incrível e quando saí da piscina, senti uma diferença de temperatura aterradora. Vi logo que ia dar para o torto e estive para fazer o reparo na recepção. Vou fazê-lo na próxima vez que lá for....amanhã não será, não me sinto capaz de sair, sequer.

É a primeira vez que estou doente sem ter ninguém que me faça um chá. Não que isso seja grave, já fiz uma salada de atum para o almoço e vou fazer uma sopa para o jantar. Só que essa chávena de chá significaria tanto.....e a minha filha adora beber chá a toda hora!!

Ainda por cima resolvi ver um filme do TVC1 e o enredo é para o macabro. Uma produção franco-italiana, muito lenta, sobre uma jovem que se dedica à eutanásia, convencida de que alivia o sofrimento dos doentes terminais. A história começa a ter interesse quando ela se depara com um engenheiro cheio de saúde, que só quer morrer porque está farto da vida.
Nesse momento, ela pôe em causa o direito de ajudar a morrer alguém que tem tudo para viver. Sente-se mal e fora do contexto em que aceitou aquele "emprego".

O filme chama-se Mielle ( Mel), que é o nome da jovem. Nada tinha lido sobre ele e não me parece que tenha tido sucesso nos cinemas. Mas quero vê-lo até ao fim.


Está uma tarde esplendorosa com aqueles pores do sol outonais que adoro. A grande tília do jardim vizinho já está com as folhas acastanhadas. É a árvore mais frondosa que vejo do meu quarto e que adoro. No inverno fica esquálida e os ramos enchem metade da vista da minha janela.