Moro numa das ruas - se não a rua - mais belas do Porto.
Na realidade, o meu apartamento não dá para esta rua, mas da janela do meu quarto vejo-a bem. A frente da casa dá para o Campo Alegre, uma avenida enorme e barulhenta, mas com o Botânico e árvores por todos os lados. A transversal chama-se António Cardoso e é dela que estou a falar.
Hoje percorri-a toda - são 800m no google map - e aproveitei a ocasião para experimentar o meu i'Phone e tirar fotos de flores.
Há pelo menos dez espécies de flores diferentes - hortenses, canas da ìndia, buganvílias, agapantos, hibiscos, lírios, lantanas, etc., todas arranjadas em canteiros junto aos prédios ou nos jardins das casas independentes. Um manancial de cor e de bom gosto. Não sei quem trata delas, penso que são os condóminos que pagam aos jardineiros, mas nesta época do ano, as flores estão no máximo da sua força e a rua transforma-se num verdadeiro jardim.
Muitas vezes vim aqui buscar os filhos a festas de anos de colegas do colégio alemão e secretamente invejava as famílias que se podiam dar ao luxo de viver nesta zona, embora a mim, pessoalmente, me desse muito mais jeito viver perto da Escola onde dava aulas na Ramada Alta. Nunca me imaginei a vir viver para este local.
As árvores que ladeiam toda a rua
A meio da rua fica o BB Gourmet , um restaurante e confeitaria muito famosa aqui na zona. frequentada por gente muito bem, pois a maioria vive por aqui. Gosto de lá ir jantar por vezes e volta e meia, tomo um chá à inglesa. Hoje tomei uma limonada porque estava cheia de sede depois de vir da Clínica Maló e do Pingo Doce. Sentia-me feliz por poder andar bem, mas tinha necessidade de me sentar e comer alguma coisa doce! Acabei por escolher uns scones, que nem sequer são muito doces, mas souberam-me pela vida. A minha filha foi lá ter comigo e trouxe as compras no resto do caminho.
Viver num local assim nunca teria sido realidade se a minha vida não tivesse dado uma volta em 2005. Foi nessa altura que o meu filho, que tinha comprado um apartamento aqui, insistiu para que eu comprasse um também para ficar perto dos netos. Dava-lhes jeito e eu ficava mais acompanhada. O meu apartamento fica no prédio contíguo ao dele. Nessa altura, ainda estava a trabalhar na Escola e de 2006 a 2008, até à reforma, ia de autocarro para as aulas às 8.30, o que era um sacrifício grande.
Ficam aqui as fotos das flores da "minha" rua. Como podem ver, não são minhas, mas enriquecem-me a vista e a alma.
Um privilégio! mas merecido, logo, uma benção. Que a magia dos poemas de Sophia, certamente impregnados no ar que respiras, te possam sempre acompanhar. Que fotografias lindas, mas linda é de facto a Natureza, e é pena que tanta gente lhe passe ao lado! Haja quem a perpetue - bem Haja!
ResponderEliminarAs fotografias foram tiradas pelo i'Phone e depois só as cortei como queria. Estou admirada com a definição deste objecto tão pequeno, cada vez admiro mais os criadores da Apple, geniais sem qualquer dúvida. Tenho vários objectos agora, i'Pad ( que uso como livro mais do que qualquer outra coisa, já tenho uns 20 descarregados da Amazon), o Mac onde estou a escrever e me é essencial e o i'Phone oferecido pelo João no meu dia de anos.
ResponderEliminarO que acho fantástico é que estas flores estão cuidadas como se fossem de uma só pessoa e não há vandalismos, ninguém corta as rosas, que estão à beira do passeio, nem decapita os agapantos ou as hortenses. Para mim isto é um milagre de civismo. E os bairros sociais não são longe daqui, como se sabe. As pessoas apreciam, amam o habitat em que vivem e procuram preservá-lo. Sophia gostaria de viver aqui, a casa onde nasceu é uma galeria de arte ( Cordeiros, de seu nome :). Penso muitas vezes nela, sobretudo no Jardim Botânico.
Muito nos conta e nos apresenta lugares tão bonitos. É um lugar privilegiado, sem dúvida . Também gostava um dia mudar para um lugar mais ao meu gosto, mesmo sabendo que tenho, onde vivo, qualidade de vida, no aspecto de estar tudo perto ou à mão nas condições básicas . Não vivo em stresses . Quando quero ambientes mais chiques e culturais tenho de tomar os transportes e levam-me para onde quero.(risos) Dentro das minhas quatro paredes está-se bem e a vizinhança do prédio é muito sossegada e prestável . Sei que posso contar com uma das minhas vizinhas como fosse de família . Já não é nada mau . Caí aqui de para-quedas e cá estou vai para 29 anos. ..
ResponderEliminarSabe, Madalena, a vida dá tanta volta!!
ResponderEliminarTambém vivi 29 anos ou mais na Ramada Alta, que é um bairro bastante inferior a este em termos de qualidade de vida. Encontrava os meus alunos e pais deles todos os dias, toda a gente me conhecia nas lojas da zona, já não aguentava mais o peso duma vida profissional muito intensa. O sítio era bom no que se refere a lojas, havia tudo à beira, aqui não, há mais parques que lojas.... :)
Gosto muito dessa zona do Porto. Houve uma altura em que costumava lá ir lanchar, ao fim-de-semana, na Alicantina.
ResponderEliminar(eu moro nas Antas)
Aind agora a minha filha foi à Alicantina buscar filetes de pescada com salada russa, meia dose, chega para nós as duas e é óptimo. Fica bastante perto de minha casa.
ResponderEliminarBjinho