sexta-feira, 14 de março de 2014

Manuel Forjaz - vale a pena viver

Daqui a dois dias estarei em Leeds.
De novo.
Desde Julho do ano passado que lá não vou e confesso, tenho saudades.

Também tenho um pouco de medo da viagem, pois não me sinto a 100%, mas nunca a adiaria pois a minha filha teria um desgosto maior que a vida.....ela anda a sonhar com esta viagem há meses.

Felizmente acabaram-se as revisões de provas do projeto, embora ainda haja muito que fazer em termos de divulgação e tecnologias.

Tenho andado a ver o programa da TVI 24 com Manuel Forjaz, 28 minutos e 7 segundos de Vida programa de se lhe tirar o chapéu, pouco vulgar no nosso panorama mediático, uma lufada de ar fresco que não me canso de realçar até no meu FB. O programa tem tido audiências fantásticas, a par da página de facebook do mesmo interlocutor.

A lucidez, a capacidade de expressão, a interacção entre entrevistador e entrevistado, o ritmo da conversa, são inegualáveis na TV portuguesa. Já há muito que não ouvia um programa da cabo que me agradasse tanto. Ou se falava de política ou de futebol. Aqui fala-se de VIDA, sem pudores, sem hesitações, enfrentando os temores e as esperanças, construindo o dia a dia com optimismo e vitalidade.

Manuel Forjaz sofre dum cancro há cinco anos. A sua presença  na TV é uma chama viva, uma força da natureza.

Saiu esta semana o seu livro : Nunca te distraias da vida , que já esgotou. Vou ver se o encontro no aeroporto para ler na viagem de comboio para Leeds. Parece-me excelente para o meu estado de espírito que tem andado um pouco depressivo nos últimos tempos.

Ainda bem que há pessoas assim!


6 comentários:

  1. Concordo!
    Ainda ontem estive a ver a gravação do último programa que é exibido às quartas feiras no canal Tvi24. Foi muito interessante e curioso o tema. Na Sic não vi...

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  2. Já li o livro todo na viagem Deixou-me uma sensação ambígua, não sei se ajuda ou faz com que se tema ainda mais o cancro. Viver na corda bamba não é para mim....preferia ir de vez!!

    Bjinhos

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  3. Comprei o livro Nunca te Distraias da Vida, estou quase a acabar de o ler e verifico como existe tanta diferença de combate à doença. Este senhor, pessoa culta, com grandes conhecimentos literários e pessoais, tem ao seu dispor amigos, posses, todos os tipos de exames, medicamentos, tratamentos, etc...e lembro-me daqueles doentes, coitados, sem ninguém, nem sequer uma companhia no dia da quimio ou de um exame, sem uma palavra, sem um ombro amigo... como essa pessoa gostaria de ver um sorriso, um gesto...Infelizmente muito recentemente passei horas a fio nas salas de espera de um hospital de dia de oncologia a acompanhar o meu marido, e constatava isso mesmo. Semana após semana assistia à degradação de algumas pessoas, que depois de estarem horas num corredor comum, começavam a falar entre si e perguntavam onde é o seu? o meu é .... e arrazados la falavam entre si desta doença malvada que os ia consumindo. Na próxima semana já levavam o cabelo rapado, na outra iam de cadeira de rodas e na outra já não iam. Estas pessoas estavam sò sujeitas aquele tratamento que era feito consoante as vagas e n~ºao de uma hora para a outra, porque não tinham amigos médicos, pessoas influentes. Desses tenho muita pena.

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    1. Tem toda a razão, acho que há pessoas e pessoas neste país, umas são prvilegiadas mesmo na doença e outras são desprezadas. É assim em tudo, aliás. Fui professora durante 37 anos e via a disparidade entre as condições sociais dos alunos, as famílias, as posses, os explicadores, a cultura geral, etc. Manuel Forjaz , aliás, não pretende dar lições a ninguém, mas apenas um testemunho de vida e talvez auxilie outros como ele que podem usufruir de mais conforto na doença. Mas não é grande resposta para os que sofrem nos hospitais publicos, que esperam, que não têm amigos, nem ninguém. Obrigada pelo seu testemunho. Se quiser, escreva esta mensagem no facebook deste senhor, talvez lhe faça bem ler algo menos positivo!
      Feliciadades!

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    2. Estou no mesmo barco que o seu marido! e faço das suas palavras eco. de: Paula Rodrigues

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  4. As melhoras, Paula. Não compreendi totalmente a situação, mas creio que está a passar por um mau bocado. Desejo-lhe felicidades.

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