segunda-feira, 27 de outubro de 2014

San Francisco

Já há mais de 50 anos que oiço falar desta cidade como um eldorado, a capital da liberdade , dos direitos dos homosexuais, das mulheres e dos artistas. li e reli On the Road de Jack Kerouac com os meus alunos, vimos filmes e vídeos, eu própria vi Harvey Milk, On the Road e Howl, todos relacionados com a Beat Generation me interessaram e deixaram uma sensação de época já passada, em que muitos lutaram por direitos hoje adquiridos por todos nós.

 A cidade mantinha-se uma nebulosa para mim, pois que nunca cá tinha estado e não é em filmes que se conhecem as cidades, mas calcorreando-as, percorrendo-as de fio a pavio.













O meu filho alugou um carro pequeno e ontem partimos à descoberta. Ele vai todas as semanas lá várias vezes, mas não tem tempo para estar a ver os sights! Desta vez dedicou-se de alma e coração a servir de cicerone e mostrou-me tudo o que podia, de modo a não me obrigar a andar demasiado, mas permitindo-me ter uma visão de vários aspectos interessantes da cidade e não só da celebérrima vista da Golden Gate- que, infelizmente, não me impressionou tanto como isso. Acho-a muito parecida com a nossa de Lisboa ( até menos bonita, embora mais longa) e não me toca como pontes que conheço: a Brooklyn Bridge em NY, por exemplo.Começámos por uma visita ao porto, ao cais dos pescadores, onde o sol aparecia e desaparecia, as nuvens faziam efeitos visuais verdadeiramente cénicos e toda a baía se estendia ali a nossos pé, assim como parte da skyline em contra-luz.


Partimos depois até downtown (a Baixa), na esperança de arranjar bilhetes para algum musical ou peça de teatro à tarde, mas nada havia. A praça principal Union Square fez-me lembrar a de Boston, onde passeei com a minha filha, cheia de gente, vida e cor. Música não havia o que me surpreendeu.Estive ali algum tempo observando os eléctricos a subir e a descer as ruas ingremes e lembrando-me do filme Bullitt em que Steve McQueen entra numa perseguição diabólica pela cidade.

Almoçámos num diners típicamente americano e o meu filho comeu um bife grelhado que estava uma delícia. Eu mantive-me fiel ao chili con carne, que é sempre saboroso, embora eles aqui não carreguem no piri-piri como em Inglaterra.





A tarde foi de passeio de carro pelos bairros mais ricos da cidade, onde as casas parecem de filme, todas em cores pastel, com desenhos art nouveau nas janelas, um regalo para a vista.
Não dá a sensação de serem muito fortes perante os terramotos, que de vez em quando ameaçam esta zona da California. As ruas sucedem-se para cima e para baixo, um autêntico carrossel sem engarrafamentos - era sábado!

Passámos por parques incríveis duma extensão enorme, onde milhares de pessoas picnicavam, corriam, jogavam à bola e disfrutavam do dia lindo que estava. Não havia nevoeiro, habitual em S. Francisco, e as nuvens tornavam tudo mais nítido e verdadeiramente fotogénico.
Escusado será dizer
que tirei mais de 50 fotos, primeiro com a lumix, depois com o meu iPad, quando a bateria acabou.
Foi uma experiência engraçada, usar o iPad para fotografar, mas a definição não é tão boa, como podem verificar...

Fico por aqui, mas volto a San Francisco, pois ainda há muito que contar...




Deixo-vos com a canção mais famosa dos anos 60.


2 comentários:

  1. Virgínia, esqueci-me de lhe sugerir à "cheese cake factory" uma perdição para quem é guloso. Se é o caso tb há uma em Palo Alto na University AV.

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  2. Já estive em duas e ontem "evitámos" outra, pois as calorias não perdoam!!!! Obrigada!
    Mas ontem fui a um reataurante excepcional aqui na Castro Street! Espectacular, mesmo, onde serviram uma paella de morrer.....

    Bjo

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