acrílico ( 2009) |
Todos os que lêem este blogue sabem o quanto amo as árvores, talvez os seres vivos de mais gosto, a seguir aos seres humanos ( nem todos).
Sempre vivi rodeada de árvores, na casa que já mencionei havia as de grande porte, choupos, eucaliptos, tílias e árvores de fruto, mais pequenas , que se enchiam de flores nesta época do ano.
Abrir a janela e olhar aquele verde em volta deve ter sido a melhor terapia para nos inspirar na nossa infância e adolescência.
Outono - 2014 |
Na quintarola que os meus pais tinham em Albarraque, as árvores eram centenárias, castanheiros, eucaliptos, carvalhos, já nem me
lembro de todas. Sei que havia um local magnífico que o meu Avô apelidou de "Alameda do Pouco Vento", onde passeávamos e ele nos contava histórias inventadas. Momentos que nunca mais esquecemos.
As árvores fazem parte do meu imaginário de sempre.
Em Esposende, onde tinha um quintalejo, semeei uns caroços de nespereira, mas não sei se vingaram.
Em Chaves tentei o mesmo e consegui.
Aqui na minha varanda, tenho uma árvore de borracha e duas yuccas enormes, mas o que me encantam são os áceres majestosos do Campo Alegre, que, no outono, estão dois meses da cor do fogo.
Em breve se encherão de folhinhas verdes, depois de largarem os seus frutos, que faziam os encantos dos meus netos, umas bolinhas com picos muito engraçadas.
Pastel de óleo - Árvores |
Ficam aqui fotos dalguns quadros meus a acrílico e a pastel de óleo já antigos. É um tema recorrente....
E, homenageando simultaneamente a Poesia e as Árvores, aqui fica também um poema muito singelo de Joyce Kilmer, que usei na minha primeira expo em Lisboa.
Árvores
Parece-me que nunca ninguém há-de
Ver poema tão belo como a árvore.
Árvore que sua boca não desferra.
Do seio doce e liberal da terra.
Árvore, sempre de Deus a ver imagem
E erguendo em reza os braços de folhagem.
Árvore que pode usar, como capelo,
Ninhos de papo-ruivo no cabelo;
Em cujo peito a neve esteve assente;
Que vive com a chuva intimamente.
Os tontos, como eu, fazem poesia;
Uma árvore, só Deus é que a faria.
Joyce Kilmer
Gosto muito do acrílico lá de cima, de 2009. Lindo.
ResponderEliminarQue tenhamos árvores, muitas, toda a vida !
Foi dos primeiros quadros que fiz no atelier Utopia. Gosto tanto dele que está na cabeceira da minha cama e todos os dias olho para ele várias vezes. Reparei há pouco que os áceres já tê folhinhas que brilham com a chuva. Até tirei uma foto com o meu iPad. Abº
ResponderEliminarGostei imenso do poema, que não conhecia. Também gostei dos teus quadros, muito em particular do primeiro.
ResponderEliminarBj
Regina
Obrigada, Regina. Os teus tb são sempre magníficos.
ResponderEliminarBjinho
Um lugar sem árvores fica estranho e sem vida.
ResponderEliminarGostei particularmente do último quadro. Mesmo só tendo troncos tem algo de atraente que não sei explicar. O primeiro parece que palpita vida. Beijinhos.
Também gosto muito do abstracto dos troncos de árvores e ao vivo é bem bonito. O segundo é muito chamativ, pois tem tetra que aqui não se vê bem. Obrigada pelos seus comentários. O que é importante é que as árvores continuem a existir.....sem elas não podemos viver.
Eliminarbjinho
Não é o primeiro mas sim o segundo que palpita vida. É o que tem muito amarelo,parecendo uma explosão.
ResponderEliminarQueria dizer textura....
EliminarVirginia, acho que há tanta humanidade em gostarmos de árvores! Quando me ponho a pensar nas árvores da minha infância, não posso deixar de sentir uma enorme ternura por elas. Pela sua sombra benévola, pela sua presença pacífica, pelos seus troncos que suportaram balouços, serviam de estrutura a cabanas improvisadas, presenciaram planos, segredos e palavras-passe dos clubes de aventuras que criávamos. Os seus quadros são lindos e refletem bem o amor que sente pelas árvores. O meu preferido é o segundo pela explosão de cores que me lembra os momentos de inebriante alegria que passei debaixo das suas copas. E, de facto, é verdade, “Uma árvore, só Deus é que a faria”.
ResponderEliminarUm beijinho
Um comentário à altura das árvores mais belas que nos rodeiam. Hoje está um dia lindo e as "minhas" companheiras estão prestes a deitar para fora os seus brotinhos verdes! Em breve a rua ficará toda verde para compensar os autocarros e automóveis que diariamente conspurcam o ar.
ResponderEliminarTenho uma árvore dentro de casa que já chegou ao tecto e agora cai para baixo toda enrugada. Comprei-a há 15 anos quando meu filho se casou, como o tempo passou tão depressa!..... bjinho