segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

RIP , David Bowie



Não era um dos meus favoritos, mas como todos os cantores anglo-saxónicos da minha juventude tinha uma auréola especial. Lembro-me que nos primeiros manuais que fizémos, lhe dedicámos um texto biográfico, a par de outros sobre John Lennon, Elton John ou Sting. Pertenciam à mesma geração, cantores que nunca deixámos de ouvir, viessem as bandas que viessem...

Quando vejo estes a partir - David Bowie tinha a minha idade, era um babyboomer como eu - sinto uma certa angústia, apesar de o meu filho me assegurar candidamente que ainda tenho 30 anos para viver e que devo vivê-los bem!
O próprio cantor disse aquilo que eu penso muitas vezes:

“Há muita gente que parece querer ser imortal… Andamos atrás de quê, exatamente? Quem é que quer arrastar-se, velho e decadente, até ter 90 anos? Só por uma questão de ego? Eu seguramente não quero.”

Nunca será velho e decadente.
Ficarão connosco centenas de canções que criou, personagens que encarnou,  assim como imagens camaleónicas que foi apresentando nos seus espectáculos ou video-clips.

Para onde foi... I wonder...


2 comentários:

  1. Pois ! Dentro de poucos anos , quando descobrirem cura para certas maletas próprias da velhice, não vai haver velhos a arrastarem-se e decadentes... Havemos de morrer de alguma coisa, mas para lá dos 100 anos!

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  2. Não tenho ilusões, Madalena. Nisso sou mais pessimista, creio que haverá cura para doenças tradicionalmente terminais e mesmo melhoria na degradação dos ossos e orgãos em geral. Mas em Portugal não há condições para velhos, sejam eles ricos ou pobres, os velhos ficam dependentes dos familiares e estes por vezes têm demasiados problemas para compreender o envelhecimento e as necessidades dos pais.

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