terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Away from it all



Há meses que estava a necessitar desta evasão, embora por vezes, tenha receio de me ausentar por muito tempo, medo das minhas maleitas, medo da solidão, medo de tudo. Mas ter a minha filha cá em Portugal é condição sine qua non para virmos até Ofir. Faz parte do ritual.

Hoje reparei que a primavera está mesmo aí, o sol é mais quente, há florinhas por tudo quanto é sítio, a relva está coalhada de malmequeres branquinhos.

Ela adora Ofir e eu também. Sem nos atrapalharmos uma à outra, ela vai para a piscina, eu fico no quarto, eu vou para a praia , ela fica a descansar, não temos regras. Só almoçamos e jantamos sempre juntas.

Também lemos muito, ouvimos música, vemos futebol,ela dorme muito cedo , eu fico-me a ver coisas até à 1 da manhã.

Durmo mal, mas isso já é comum. Não lhe dou muito crédito. Limito-me a preencher as noites com os meus fantasmas pessoais e a ouvir a minha filha a ressonar baixinho, quase que não se ouve.






O mar continua na sua toada quotidiana, não se cala aqui. Não há madrugadas doces, ele está sempre enfurecido, as ondas espraiam-se em longas manchas alvas e azuis. A neblina cobre uma parte do céu e dá a tudo um tom pastel, que me apaixona, não fosse eu uma "artista"em potência e sobretudo uma sentimental no coração.


Ficam aqui mais algumas fotos lindas que tirei hoje...não é para fazer inveja, mas para partilhar o que me vai na alma.

Ando com a canção Shallow de Lady Gaga na mente. Gostei do filme, embora não seja obra prima. Vi toda a cerimónia dos óscares como sempre e vibrei com alguns actores como a Olivia Colman, que já admirava desde a série Broadchurch e Remy Malek, que interpreta Freddy Mercury, ao seu jeito, mas comovente na mesma. O amor é uma coisa maravilhosa.



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