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Fui à Foz porque não resisti. Apetecia-me sentir o cheiro a maresia - e havia-o - a frescura das ondas, olhar o mar de prata, que agora no inverno se espraia do lado do rio e que torna os contornos do farol e do pontão fantasmagóricos.
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Andavam por ali saltitando de rocha em rocha. Atirei um bocadinho de pão e apareceram logo umas seis a querer apanhá-lo. Então comecei a atirar mais bocadinhos e num minuto tinha 40 gaivotas à bulha por um pedacinho de pão. Os pios e restolhada de asas eram engraçadissimos, outras pessoas fizeram o mesmo. Como estávamos na esplanada, elas não nos incomodavam, pois o pão caía na areia junto o mar. Gosto muito de gaivotas, são animais livres...
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Havia também umas miúdas a brincar na água até um pouco perigosamente. Fotografei as suas coreografias.
Estar assim duas horas diante do mar é-me mais útil do que tomar medicamentos. Fico como nova.
O Manel faria hoje 73 anos. Festejaríamos todos juntos num restaurante bom e ele estaria feliz com os seus filhos e netos reunidos. Seria domingo, o dia da Família.
Infelizmente só estará presente na nossa memória, que essa não esquece.
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