sexta-feira, 7 de junho de 2013

Greves dos professores

Nunca quis falar de políticas aqui neste blogue.
Nem sei bem porque o estou a fazer. Mas tenho de dizer o que penso em prol da justiça.

Ontem ouvi a entrevista com Mário Nogueira na TVI 24 e confesso que perante os factos não há argumentos. Haveria, talvez,  outras formas de tratar cada caso e o sistema em geral. Mas não, infelizmente, e por culpa do Ministério, vão pagar justos por pecadores nesta grande embrulhada que é a Educação em Portugal.

Ontem ouvi que há professores de Informática, por exemplo,  que após 30 anos de serviço, sem terem pedido a reforma, vão ser conduzidos para a tal mobilidade especial = menos salário= despedimento ao fim dum ano. É ultrajante.

As escolas estão todas aptrechadas com belos pavilhões, foruns, bibliotecas, ginásios, etc, gastaram-se balúrdios neste refurbishment de construções antigas e a cair de podres. Mas nelas não há lugar para professores com 30 anos de ensino regular, efectivos, parte do quadro, competentes nas suas áreas.
Será que esses professores não são essenciais para manter os equipamentos a funcionar, apoiar os alunos que não sabem usar os materiais, vigiar as turmas que estão a fazer investigação, reparar os pcs quando se avariam ( sabemos como é complicado!)? Como é que o Ministério pode "dar um pontapé" a pessoas que se dedicaram toda uma vida e que agora nem sequer reforma vão ter?


Concordo com a greve às avaliações. É a única possível. A única que poderá ter algum eco nas famílias habituadas a ter os profs na mão quando lhes convém entregar os meninos aos babysitters durante todo o dia, a única que poderá lesar o governo já tão fragilizado e obrigar Nuno Crato de uma vez por todas a escolher se quer ficar marcado com o rótulo de " agarrado ao tacho" ou " professor a sério". Nenhum ministro com ........... deveria colaborar neste sistema que se desfaz aleatoriamente dos descartáveis, desculpando-se com a baixa da natalidade e esquecendo-se da escolaridade obrigatória que impôs até aos 18 anos.

Imaginem, professores aposentados que me lêem, que isto se passava connosco! Não iriam para a greve? EU IA!! 

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