domingo, 7 de julho de 2013

a bem de nós todos

Transcrevo uma entrada no FB de Júlio Machado Vaz.

Não porque adore meter a política ao barulho.

Depois de ver o Eixo do Mal, em que cada um dos "irrevogáveis"
( como se denominaram ontem) parece ter sido iluminado pelos astros para botarem baboseiras, bílis e lugares comuns sobre os politicos e acontecimentos da semana, sabe bem ler algo mais crítico e interessante, mesmo que  eu, pessoalmente, não concorde inteiramente com quem o escreveu:

Há algum tempo uma boa amiga interrogava-se sobre o meu "silêncio político". Mas dizer o quê? Ontem o Dr. Passos Coelho brindou-nos com mais um dos seus redondos comunicados. A seu lado, Paulo, o irrevogável, Portas, parecia ter envelhecido dez anos e colecionava tiques de nervosismo. Pano de fundo sobre o qual se desenhavam os jograis? Portas, num registo laico, imitou Marcelo, quando este afirmou que "nem se Cristo voltasse à Terra...". Justificação para uma pirueta de tal dimensão, após uma decisão que até homens como Lobo Xavier e Nobre Guedes criticaram? Mas está bom de ver! - o interesse do País, ou seja, o nosso. Poder reforçado para si e para o CDS/PP no Governo, agora é que chega o desenvolvimento. E se não chegar? Fácil, acusa-se a desaparecida em combate Ministra das Finanças de ter bloqueado as iniciativas da "Nova Política". (Sim, a que não podia ter sido escolhida e motivou a decisão irrevogável...). Passos Coelho "promoveu e premiou" quem considera tê-lo traído? Fácil, fê-lo pensando no interesse nacional, ou seja, em nós. Manteve-o no mesmo barco e à mão de semear para o passa-culpas eleitoral. E manteve-se Primeiro-Ministro, não vão algumas cabecinhas do PSD avançarem com um nome que não o seu para candidato. (E mesmo assim...). Cavaco já tem mais um prefácio para escrever em 2014 sobre deslealdades sofridas às mãos de Governos, ser avisado uma hora antes da posse da Ministra - entre outras coisas... - deve tê-lo feito pensar que Sócrates não era o único pronto a desconsiderá-lo olimpicamente. Mas e agora? Depois de se ter colado a este Projecto - também no nosso interesse, claro! -, e apesar das consultas e de frases como "seja qual for o Governo...", vai tirar-lhes o tapete e vencer o seu horror a sair de uma zona de conforto que reduz a presidência a uma figura de estilo? Veremos... A verdade é que tudo isto é trágico para o país, mas nada estimulante como tema de reflexão. Quando muito, estes actores políticos lutam pela sua sobrevivência. Às vezes nem isso - exemplificam apenas como ética e competência deixaram de ser condições obrigatórias para dirigir a Cidade.
Depois do triste dueto de ontem à noite, The song remains the same, como cantaram os Zeppelin:(. Apenas a hipocrisia subiu uma oitava...



Muito bom!!

4 comentários:

  1. Deixei de ver o Eixo do Mal...São muito tendenciosos e cada vez mais parecidos com os Marretas...Tem sido tanto bombardear com política, nesta reviravolta que eu fico zonza. Mas ontem, penso que foi, ouvi uma entrevista com o dr Miguel Judice que me sossegou um pouco...

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  2. Sim, é gente com azia ou porque não está no poleiro ou porque alguém lhes pisou os calos. Ver o programa é quase masoquismo!!

    Tb vi a entrevista com MJ, mas estou ainda atordoada com tanto diz-que-diz. A ver vamos...no que dá esta coligação. Oxalá se entendam!!

    Bjinho

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  3. Gostei de ler o texto de Júlio Machado Vaz que descreve bem esta terrível encenação. Mas continuam perguntas no ar. Um dia, "quando não sei",os meus filhos ou netos acabarão por conhecer as respostas.

    Um abraço.

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  4. Encenação, diz bem....

    Vivemos numa época teatral, mas a realidade é outra.

    Bjinho

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