sábado, 27 de julho de 2013

Dans la maison - um verdadeiro filme francês sobre adolescência

Já há muito que um filme não me agradava tanto e em tantos aspectos .

É um filme francês com a densidade própria, história muito bem concebida, duas interpretações fabulosas e música adequada ( dum compositor chinês ou japonês). Sobre as relações professor-aluno e sobre escrita criativa, que se confunde com voyeurismo, tão em voga nos nossos dias. Fascinante.

Às vezes é bom exagerar e ir ao cinema quando nos apetece e sobretudo quando há filmes bons. Só numa semana vi três filmes: o primeiro,  que vi em Leeds é rocambolesco q. b. e já me esqueci de metade, americano até dizer basta;  o de anteontem, Two Mothers,  romântico, belo, mas superficial, com interpretações excelentes;  o de hoje fascinante do princípio ao fim. Pelo menos para mim.

Para já,  trata-se dum professor e filmes sobre a escola apaixonam-me sempre, sejam eles quais forem. Depois,  é sobre adolescentes e pessoas de meia idade, as idades que mais me atraem neste momento.

Pessoalmente,  nunca achei que a infância fosse mais atraente do que a adolescência. Sempre me senti feliz a lidar com os alunos já maduros, com personalidades diversas , misteriosas, por vezes, insondáveis, mas personalizadas e desafiadoras.

As crianças divertem-me, sobretudo quando são espontâneas e não estão estragadas. Adoro conversar com os meus netos em particular e às vezes aborrecem-me quando estão com os pais. Receio a sua adolescência como receio o meu envelhecimento. Quase sinto pânico. Olho para as suas carinhas e peço a um Deus em quem não acredito que não os deixe crescer demasiado depressa.

Mas adolescentes são sempre para mim um centro de interesse. Gostava de ter escrito blogues quando era professora, pois com certeza teria registado mil e umas cenas memoráveis, que se vão perder quando a minha recordação delas se esbater.

Tudo isto para dizer que este filme não é igual a nenhum outro que já tenha visto, embora tenha um pouco de muitos...








4 comentários:

  1. Este filme está-me debaixo de olho. era para vê-lo amanhã, mas não pode ser porque vou noutra volta...
    Não se deve pensar que se está envelhecendo...Interessa é que a pessoa se sinta bem. Quando fiz 30 anos chorei, não gostei nada e não sei porquê. Depois disso nunca mais receei os anos.Os meus melhores tempos é o que estou a viver agora...Depois logo se vê...

    ResponderEliminar
  2. Pois é, Madalena, mas todos os dias me sinto mais velha....
    Estou a trabalhar em pleno, mas cada vez vejo menos possibilidades de viajar ou de fazer desporto ou de pura e simplesmente andar a pé. Ou ponho uma protese no joelho ou isto cada vez fica pior....

    Bjinhos e bom domingo

    ResponderEliminar
  3. Olá Virgínia
    Há muito que não escrevo pois me sinto cansada e faltam-me as palavras. Na verdade já sinto o peso da idade.
    Mas fico contente pelos dias felizes que tem vivido.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  4. Oh, Graciete, como é que ha faltam palavras, se quando as escreve , escreve tão bem? Sinto muito a sua falta....mesmo muita. Repare que perdi alguns leitores fieis e muitos dos que lêem nada escrevem, ainda hoje estive com o meu acupuntor, que lè o que escrevo, mas é raro exprimir a sua opinião!

    Continue a vir....gosto muito de si!!

    bjinho

    ResponderEliminar