sábado, 13 de julho de 2013

Les Misérables

Nunca vi o musical nem Londres, nem na Broadway, apesar de ter visto mais de dez musicais dos mais variados estilos nesses dois locais.

Conheço a música desde há muito e a história quase desde que me conheço. O meu ex- contava que o Pai o tinha apanhado a ler o romance com nove anos às escondidas no sotão. O nome de Vitor Hugo era falado em minha casa, como o de outros escritores franceses.

No meu livro de inglês do 5º Ano havia três textos chamados "The Bishop's candlesticks" que consistiam numa tradução adaptada da cena mais marcante do romance, aquela em que Jean Valjean é salvo pelo Bispo, a quem roubou umas peças de prata.
Nunca mais me esqueci dos textos, sem sequer saber muito bem donde vinham, e também nunca mais me esqueci das palavras que Jean Valjean pronuncia ao ver-se salvo.




Mais tarde, vi uma série da BBC com Daniel Depardieu a representar Jean Valjean. E Claire Danes a actuar como Cosette. Linda. Uma série inesquecível.

Este ano vi o filme musical,  que já aqui critiquei e de que não gostei tanto como esperava. Exceptuando a música sublime, extraordinária, libertadora e fulgurante, talvez a mais bela de todos os musicais que conheço.

Ontem resolvi ver no Youtube o vídeo em que Susan Boyle, a senhora galesa que se tornou célebre no programa Britain got Talent,  canta I dreamed a Dream,  a canção de Fantine, uma pobre mulher escorraçada por todos e que Jean Valjean protege. A canção é pungente e faz chorar qualquer pessoa com emoção à flor da pele.

A partir daí encontrei um outro vídeo de 2 horas e meia com o musical inteiro interpretado no Royal Albert Hall, na comemoração dos dez anos de realização. É um espectáculo memorável, que acaba com

cantores de vinte países
diferentes a entoarem os ultimos acordes do hino final.

E porque gosto de comunicar o que me toca fundo aqui neste blogue, aqui ficam os dois videos - o de Susan Boyle e o do Albert Hall.

Gozem o vosso serão a ouvir isto....vale a pena!




2 comentários:

  1. Obrigada Virgínia por estes dois "video".
    "Os miseráveis" sempre foi um dos livros da "minha vida" assim como Victor Hugo um dos meus grandes ESCRITORES.
    Vi o último filme de que gostei bastante, principalmente da música e das cenas finais que me emocionaram.
    Este se post leva-me a vê-lo de novo, já pela3ª ou 4ª vez, pois tenho o DVD que uma das minhas filhas me ofereceu.

    Um abraço.

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  2. A mensagem do romance é pertinente e ainda se ajusta aos tempos de hoje, em que as pessoas continuam a ser escravizadas ou ostracizadas pelo facto de serem pobres. Os mais ricos desprezam-nas e ostentam a sua riqueza dum modo obsceno. As coisas melhoraram, mas ainda há demasiaidos contrastes nas nossas sociedades desenvolvidas. Já nem falo dos países onde as mulheres são maltratadas e abusadas sem dó nem piedade. Ainda ontem vi um panorama BBC - programa que recomendo - sobre a India e a falta de respeito pela mulher.

    Estes espectáculo não é representado, mas a história via percorrendo os diversos números e actuações. Uma beleza e emocionante até às lágrimas...

    Bom fim de semana!

    Bjinho

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