O filme, extraído dum best-seller com o mesmo nome, poderá apresentar-se como uma lacrimejante história de amor e de perda e desapontar os espectadores....a não ser que, ao vê-lo, possamos conceber o que é uma situação de sofrimento permanentemente redimida pelo amor.
Acredito na redenção pelo amor em situações de crise, já as vivi e paradoxalmente, não foi o amor conjugal, mas o filial e maternal que me conseguiram trazer de volta à Vida.
O cancro é uma doença terrível. Só pessoas muito fortes conseguem não se deixar levar pelo desespero; ultimamente, tenho visto muitos casos de superação e de coragem em pessoas que têm apoio familiar ou de amigos.
Este filme fez-me lembrar - e muito - o caso Manuel Forjaz, com uma concentração no que é bom da vida para lá de tudo o que é maligno.
Não o aconselho a quem considere que os americanos são sempre delico-doces ou pirosos. Porque o filme apresenta algumas cenas desse estilo, embora tenha outras que suplantam o cliché e nos lembram o enorme potencial do Amor entre adolescentes, em que acredito.
É preciso viver o filme sem preconceitos contra alguma lamechiche ou clichés.
E é preciso gostar de Amsterdão, local onde encontrei o amor de adolescente e da minha vida, há quase 50 anos, precisamente naqueles canais, naquela Casa de Anne Frank, naquelas ruas, naquele ambiente. Cidade linda. E propícia para a redenção.
Não sei porquê, mas não me sinto muito tentada a ir ver esse filme. Fui ver o Homem Duplicado, que julgo ter compreendido e de que gostei. Agora preciso de ler o livro para ver se fiz a interpretação correta.
ResponderEliminarUm abraço.
Também quero ver esse filme baseado no livro de Saramago que li.
ResponderEliminarBom Domingo!
Como não vi o filme vou apenas me pronunciar sobre o final do que escreveu sobre si. O facto de ainda se lembrar do amor da sua vida! Adorava conhecer a cidade onde este amor aconteceu. Se tiver saúde hei-de ir lá e certamente não esquecerei este pormenor! Acho que é um lugar que tem muito coisa a ver comigo. A começar pelas flores, organização e limpeza...
ResponderEliminarBons sonhos e fique bem! Beijo.
Nunca me esquecerei dessa cidade e do passeio de barco que foi o começo, aquele despoletar do Amor, ainda ténue, ansioso , inocente. O meu ex- brinca sempre com a situação perguntando-me quem pôs a mão em cima da mão do outro!! A verdade é que aquele passeio a dois mudou a minha vida totalmente aos 19 anos. Só casámos oito anos depois e separámo-nos após 29 anos de casamento. É impossível esquecer....tenho o meu neto aqui comigo e sem esta história de amor ele não existiria!
ResponderEliminarBjinhos