Farewell cyberspace....hello freedom!

Como é bom sair do centro da cidade a um domingo - mesmo cinzento e a ameaçar chuva - sentarmo-nos numa esplanada meia vazia, em frente ao mar, deixarmo-nos envolver pelo dolce farniente dos  nos domingos, quando o mundo parece parar, as discussões azedas silenciam-se, os pássaros levam à melhor, a beleza da Natureza prova que nada do que dizemos ou escrevemos tem a menor importância diante da maravilha que é um punhado de malmequeres selvagens, abertos e ávidos de sol...


Como é bom ouvir as crianças felizes e à solta, os gansos a grasnar ( procurando imitar os bloguistas deste ciberespaço) , deitarmo-nos na relva e cheirar o jasmim florido que nos rodeia.


Como é bom estar com a minha filha, sabê-la feliz, esquecer as angústias que me afligiram nestes ultimos dias, passar uma esponja sobre tudo o que me disseram ou escreveram. Nada disso é importante  e daqui a uns anitos já ninguém se lembra....melhor: daqui a dias já choveu sobre o molhado.
Tanto disparate se diz neste ciberespaço. Nunca quis discutir politica pois sabia que irremediavelmente iria bater com a cabeça na parede. Mas passado é ontem e ontem não é hoje. E a amizade da blogoesfera não é real, nem absoluta, nem de fiar, como já sei há muito.


Como é bom estar aqui na minha sala, ouvir os quartetos de Mozart neste Brava da minha salvação.

Como é bom poder gozar dum clima assim com temperaturas amenas, sem vento, as árvores no auge da sua floração, o lago espelhado e a paz dum local, onde nada, nem ninguém importuna os outros com palavras maledicentes ou juizos de valor absolutamente ridículos...

Num parque - ao contrário do que acontece aqui na blogoesfera -  todos sabem perder....porque não há ninguém que queira ganhar...