domingo, 27 de janeiro de 2013

Chove que Deus a dá




Do "witty" blogue que encontrei por acaso na net:


Segundo a boa velha escola de economia clássica, se a chuva fosse algo de valor, não se dava, vendia-se. Ora sendo desnecessário provar que a chuva é boa (quanto mais não seja no nabal, enquanto faz sol na eira), então se alguém dá alguma coisa com valor, esse alguém é um magnânimo benfeitor sempre disposto a ajudar o próximo e, nos dias que correm, apenas Deus preenche os requisitos para assim ser considerado.





Além disso, “dar” também não é bem o termo mais correcto, porque como bem sabe quem já estudou o ciclo da água na escola primária (felizmente, muito poucos), a chuva irá regressar lá acima por via da evaporação do mar, dos rios e de grandes concentrações de água como a albufeira do Alqueva ou o Orçamento de Estado. Portanto, quando se percebe que quem dá, já está na mira de o receber de volta, passa imediatamente de magnânimo benfeitor a besta egocêntrica, num processo similar aos dos treinadores de futebol. Conclusão: usar esta expressão é o mesmo que falar, só para não estar calado.
E tenho dito.

http://idiomaticasidiotas.blogspot.pt

3 comentários:

  1. Gostei de ler o significado de algumas expressões idiomáticas, mas chuva detesto embora saiba bem que é necessária. Tudo na Natureza tem uma função que, às vezes, não entendemos mas que não está lá por acaso . É a lei da sobrevivência e a adaptação ao meio.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  2. Acho imensa graça a idiomas e provérbios. Adorava saber muitos e donde provém. Sei mais em inglês que em Português:))

    Bjo

    ResponderEliminar
  3. Deve haver mais expressões em Inglês do que em Português, mas as explicações e proveniências são geralmente deliciosas em ambos os casos..

    beijos

    ResponderEliminar