Ontem fui à nossa festa de verão.
Em geral reunimo-nos todos depois do Natal e num dos meses de verão. Desta feita, foi na casa da minha Irmã na serra da Boa Viagem, numa localização invejável com uma vista lindíssima para a praia da Figueira e pinhais da serra. A viagem é curta, embora para o meu neto mais novo seja uma "seca" e ele fique "todo partido" na parte traseira do carro, que pode levar dois banquinhos. Protestou , mas aguentou, que remédio!
A casa foi construída em 1978, entretanto adicionaram um anexo rente ao jardim que tem uma sala grande e até uma kitchenette, onde se pode encontrar tudo o que é preciso, e dispôr a comida que cada um traz de casa.
A piscina é grande e muitos foram os que se deliciaram a tomar banhos e a jogar à bola, a mergulhar e refrescar-se ( embora o dia estivesse fresquinho, q.b. ). O sol fez uma aparição fugidia, mas durante uma hora esteve uma temperatura muito agradável.
Gosto mais destas festas de verão do que da do Natal, pois os miúdos entretêm-se, não há a cerimónia das prendas, levam-se apenas umas sobremesas, bebidas e pouco mais. Não há música, pois os miudos estão sempre a jogar ou a tomar banhos e os mais velhos a pôr a vida em dia. Há tanto que dizer, tantas notícias a dar, tantas "artroses" de que falar, viagens, planos de futuro, casais que mudam de vida, concertos e eventos desportivos, é um nunca acabar de conversas díspares, retalhos da vida duma família feliz.
Passámos 7-8 horas ao ar livre com tempo para tudo. Até para dormir sestas em pleno relvado!!
É óptimo encontrar a família toda - somos 70 e tal, mas estávamos uns 50 dos 11 meses aos 72. Há sempre uns que trabalham, outros que têm compromissos, outros que não alinham ( muito poucos).
Quatro gerações já! Já há um bisneto ( que seria trisneto dos meus Pais) e uns vinte miúdos dos 12 anos para baixo, como os meus netos. Estes estão numa idade encantadora, tudo é divertido para eles, piscina, jogos tradicionais, caça ao tesouro, estafetas, peddypapers e até ver o futebol na TV - com comentários de rir e chorar por mais, vindos da geração dos 30-40, que é a mais numerosa e já começa a ter menos frescura, mas não perde o sentido de humor que caracteriza a nossa família.
Estávamos sete irmãos, infelizmente o meu irmão mais novo não se associou ao evento por razões particulares.
Comoveu-me imenso estar com o meu Irmão mais velho, que é sempre o elo mais forte.
Enquanto ele estiver, nós as "manas" como nos chamamos, estamos debaixo dum guarda-sol e há mais coisas que nos unem do que nos desunem. Depois de algumas desavenças devido às partilhas, a idade e o bom senso imperam e temos todos a noção de que a vida é curta e os bons momentos são raros e cada vez mais preciosos.
O meu neto ainda veio para minha casa à noite para ver o jogo Holanda-Costa Rica, mas adormeceu a meio, de cansado. Hoje vai cantar na récita do Coro Silva Monteiro no Rivoli, de modo que o levei para casa antes do jogo acabar.
Enquanto houver Família alargada, não estarei só, mesmo que todos vivam a uns kms de distância...
Como dizem os ingleses " blood is thicker than water" ( o sangue é mais espesso que a água). É verdade....
Em geral reunimo-nos todos depois do Natal e num dos meses de verão. Desta feita, foi na casa da minha Irmã na serra da Boa Viagem, numa localização invejável com uma vista lindíssima para a praia da Figueira e pinhais da serra. A viagem é curta, embora para o meu neto mais novo seja uma "seca" e ele fique "todo partido" na parte traseira do carro, que pode levar dois banquinhos. Protestou , mas aguentou, que remédio!
A casa foi construída em 1978, entretanto adicionaram um anexo rente ao jardim que tem uma sala grande e até uma kitchenette, onde se pode encontrar tudo o que é preciso, e dispôr a comida que cada um traz de casa.
A piscina é grande e muitos foram os que se deliciaram a tomar banhos e a jogar à bola, a mergulhar e refrescar-se ( embora o dia estivesse fresquinho, q.b. ). O sol fez uma aparição fugidia, mas durante uma hora esteve uma temperatura muito agradável.
Gosto mais destas festas de verão do que da do Natal, pois os miúdos entretêm-se, não há a cerimónia das prendas, levam-se apenas umas sobremesas, bebidas e pouco mais. Não há música, pois os miudos estão sempre a jogar ou a tomar banhos e os mais velhos a pôr a vida em dia. Há tanto que dizer, tantas notícias a dar, tantas "artroses" de que falar, viagens, planos de futuro, casais que mudam de vida, concertos e eventos desportivos, é um nunca acabar de conversas díspares, retalhos da vida duma família feliz.
Passámos 7-8 horas ao ar livre com tempo para tudo. Até para dormir sestas em pleno relvado!!
É óptimo encontrar a família toda - somos 70 e tal, mas estávamos uns 50 dos 11 meses aos 72. Há sempre uns que trabalham, outros que têm compromissos, outros que não alinham ( muito poucos).
Quatro gerações já! Já há um bisneto ( que seria trisneto dos meus Pais) e uns vinte miúdos dos 12 anos para baixo, como os meus netos. Estes estão numa idade encantadora, tudo é divertido para eles, piscina, jogos tradicionais, caça ao tesouro, estafetas, peddypapers e até ver o futebol na TV - com comentários de rir e chorar por mais, vindos da geração dos 30-40, que é a mais numerosa e já começa a ter menos frescura, mas não perde o sentido de humor que caracteriza a nossa família.
Estávamos sete irmãos, infelizmente o meu irmão mais novo não se associou ao evento por razões particulares.
Comoveu-me imenso estar com o meu Irmão mais velho, que é sempre o elo mais forte.
Enquanto ele estiver, nós as "manas" como nos chamamos, estamos debaixo dum guarda-sol e há mais coisas que nos unem do que nos desunem. Depois de algumas desavenças devido às partilhas, a idade e o bom senso imperam e temos todos a noção de que a vida é curta e os bons momentos são raros e cada vez mais preciosos.
O meu neto ainda veio para minha casa à noite para ver o jogo Holanda-Costa Rica, mas adormeceu a meio, de cansado. Hoje vai cantar na récita do Coro Silva Monteiro no Rivoli, de modo que o levei para casa antes do jogo acabar.
Enquanto houver Família alargada, não estarei só, mesmo que todos vivam a uns kms de distância...
Como dizem os ingleses " blood is thicker than water" ( o sangue é mais espesso que a água). É verdade....
Gosto muito dessas Festas de Família porque resultam de grande amizade entre os diferentes elementos. Também as prefiro às do Natal, porque estas são quase uma obrigação e acabam sempre por levar a um consumismo exagerado. A sua família é grande e unida.
ResponderEliminarNota-se isso na maneira como fala dela.
Um beijo com o desejo que continuem felizes e unidos.
Muito obrigada, Graciete. Houve momentos em que me senti um pouco "longe" e talvez amarga em relação aos meus irmãos, não sou de grandes manifestações e acho que ainda poderíamos ser mais unidos, não fossem os feitios bastante diferentes e a maneira de encarar a vida a separar-nos. Sempre vivi longe dos meus irmãos e isso criou algum fosso entre eles e mim, mas felizmente à medida que envelheço, reconheço que só me sinto bem em família e gosto muito que os meus netos também se sintam bem com os inúmeros primos que mal conhecem. Vamos a ver se consigo superar a ausência deles este ano, vai ser uma prova dura!
ResponderEliminarBoa semana com muito sol. Bjinho
Mas a Virgínia tem riqueza interior suficiente para superar essas ausências. O amor vive dentro de nós e quando retribuído, como no caso dos seus netos e filhos, pode haver saudade, mas eles estarão sempre presentes. E para além disso em boas condições de saúde e materiais. Quanto aos irmãos eu também não tenho grande contacto com eles mas, se algo afeta algum, todos logo se juntam. E, para mim, isso significa união. Um beijo.
ResponderEliminarTem razão, Graciete. Vamos a ver se consigo dar a volta por cima....mas vai-me custar passar as tardes de inverno e os fins de semana sem estar com os meninos, sem os carinhos e até sem os desenhos animados :)
ResponderEliminarBjo
Virgininhamiga
ResponderEliminarNós somos menos, mas temos uma ligeira vantagem: todos os sábados almoçamos juntos na nossa casa. E apenas somos 17... Dá um trabalheira para a tua prima Raquel; mas ela gosta e até foi quem mandou que fosse assim. Ai estas goesas...
Eu farto-me de tralhar nesses sábados "malfadados": é ler "A Bola", é ir buscar pão aqui mesmo ao lado, mas um pouco longe??? (+ ou - 118,28 m...), mas tenho de descer e subir no elevador, pois moramos no primeiro andar. Ai o que eu sofro...
E amanhã teremos três netos e a neta que vêm acampar aqui em casa, É uma alegria tê-los cá; dão outra vida à vida destes dois velhotes de provecta idade.
E a finalizar: no aniversário da Kaia tive a felicidade de reencontrar o nosso Filipe e de conhecer o filho Filipe. Foi uma felicidade, pois já não nos víamos desde a morte da vossa Mãe, para nós a prima Gina.
Bjs da Raquel e qjs meus
Tive muita pena de não ir aos anos dela , mas estava no Algarve sem carro e não dava jeito lá ir. A tua família é muito bonita, embora eu não conheça os teus netos, nem o Paulinho. Fazes bem em manter a família unida. Eu não sou assim tão mãe galinha, embora goste muito dos meus filhos e nora.
ResponderEliminarCalculo o que tt cozinhas,,,,, :)
Bjos para os dois!
Olá Mana (e olá «Primo-a-quem-tramei-dando-as-alianças-que-te-mudaram-a-vida»). Tive tanta pena de não ir aos teus 50 anos de pulseira electrónica... mas a maldita pneumonia com direito a oito dias de cama tramaram-me a vida. Um abraço para ti, meu Caro, e para a prima Raquel e meninos (serão sempre meninos...).
ResponderEliminarQuanto a esta entrada da minha querida Mana, estive vai/não-vai para comentar. Mas achei que valia a pena porque se ela coloca uma caixa de comentários é para a gente comentar, não é?
Então aqui vão algumas reflexões, quiçá desajustadas, quiçá idiotas... mas são as minhas:
Blood is thicker than water but whem you are thirsty, water is the reccomended fluid. Moreover, we are 70% water and only a small percen blood. And blood is, itself water... Posto isto, e que a s´tora me eprdoe os erros de inglês, vamos ao assunto: Os familiares não se escolhem, os amigos sim. A convivência no modelo infantil e juvenil, com as suas idiossincrasias, deve dar lugar, na minha humilde opinião, a um respeito mútuo entre adultos, e isso inclui as diversas gerações que o vão sendo.
Não acredito na «voz do sangue» - acredito em memórias felizes, em momentos de partilha, mas também sei de episódios traumáticos, de relações perversas entre irmãos e familiares que, se fosse da parte de um estranho, nunca toleraríamos. Sei de relacionamentos quase sádicos na infância que dizemos ser «brincadeiras de crianças», e tentativas hegemónicas e de poder à sombra de se ser irmão, designadamente mais velho.
Acima de tudo, creio, está a coerência. E a exigência. Não se pode pedir a um familiar menos do que a um estranho ou a um amigo. E quando os familiares - sejam eles quais forem, e seja qual for o grau de parentesco, mas sobretudo dentro da fratria - nos traem, não nos apoiam, nos espetam facas nas costas ou, pura e simplesmente, exigem tudo sem dar nada e querem ser hegemónicos e mandões "por serem irmãos", então não serão os genes comuns - tal como nos pais biológicos que maltratam os filhos - que devem ditar as relações. Sermos filhos dos mesmos pais não é opção. Ninguém pode ser responsabilizado por algo que não escolheu - seja relacionamento familiar, corpo, cor da pele, orientação sexual ou o que seja, mas essas características não podem, no pólo oposto servir para «obrigar» a o que quer que seja. A intolerância perante as opções dos outros (que não é o que caracteriza a autora deste blogue - é necessário dizê-lo aqui, não vá parecer que lhe estou a dar um recado!!!) é algo que me arrepia. Porque fere a liberdade.
Por vezes, os senhores da loja de uma pequena aldeia perdida num planalto, ou os vizinhos da rua de cima, podem dar-nos uma maior sensação de proximidade, de afectos, de não criticar e fazer juízos de valor por tudo e por nada, e de solidariedade "sem fronteiras", um bem escasso mas precioso. Isso é que é, para mim e na minha opinião (perdoem a redundância, mas nestes casos ela é sempre necessária) um relacionamento saudável «familiar».
E, agora, em jeito de post-scriptum, para que os seus leitores do blogue da Virgina, que são muitos, saibam: fui eu o tal irmão que não foi à festa. Por opção. Mas nunca me ouvirão criticar quem vá ou quem queria organizar festas, desde que não façam de mim um pária por não ir.
Apenas este comentário sobre um assunto sobre o qual provavelmente nem valeria a pena dizer nada... mas no discordar e no conversar é que se ganha.. designadamente em termos de relação fraternal, mesmo que esta passe, por vezes, por períodos - desculpem-me o vernáculo - «lixados».
Abraços a todos, especialmente Virgínia e Henrique (e nós? Quando nos vemos?)
Mário,
EliminarConcordo com grande parte dessa análise detalhada das relações familiares. Não as vou comentar aqui e muito menos referir-me à nossa família que, em parte, desconheço. Saí de Lisboa há quase quarenta anos e nunca mais voltei ao seio familiar, a não ser por alguns dias ( poucos) em ocasiões festivas, por vezes quase intoleráveis para mim e família. Até me alheei quando foi das partilhas para não assistir a cenas tristes e foi o melhor.
Todos nós temos boas e más recordações de infância, traumas e alegrias, orgulho e preconceito. Uns sofreram mais do que outros e não há dúvida que os irmãos podem ser crueis por vezes, mas com o passar dos anos e sobretudo em presença de netos e bisnetos, as acções relativizam-se e dá-se mais relevância à Paz e bem estar de todos. A vida é curta e o drama evita-se. Falo por mim, pois não critico, nem sei o que se passa com os outros. Vivo a kms de distância e prefiro não saber...não intervenho, limito-me a gozar de umas horas de convívio com as gerações mais novas que mal conheço e com quem me dá algum prazer estar.
Tens as tuas razões para não aderir - e eu já me solidarizei contigo várias vezes...
Beijo fraternal.
PS. a «voz do sangue», como a voz de qualquer clã, tribo ou grupo, seja religioso, clubístico, partidário ou familiar, leva a coisas fantásticas, mas também a vir ao de cima, como em tantos exemplos históricos, o que há de pior e abjecto na condição humana. Torna as pessoas acéfalas, acríticas, regendo-se apenas pelas emoções mas, curiosamente, sem inteligência emocional, reagindo contra os «outros» de forma exacerbada e maligna. À sombra destas relações cometeram-se os piores crimes e dislates. Prefiro a liberdade, a honra, a ética, a escolha, o respeito, a não obrigação, o não se fazerem apressados juízos de valor, o poder dizer sem ser renegado, o direito a discordar, a reciprocidade relacional e... apesar disso, manter a amizade. Com irmãos é mais difícil do que com amigos. Mas posso estar redondamente enganado e, como se diz na minha querida Medicina, «cada caso é um caso»....
ResponderEliminarNão acredito que todas as relações familiares sejam geradoras de conflitos e traições. Mas sei que ninguém é generoso sem pedir nada em troca....
EliminarTodos nós atropelamos de vez em quando, por vezes devido à má conduta dos nossos próprios familiares ou provocação deliberada, essas regras que enuncias como a ética, a honra, o respeito, etc. Quem não se ressente, não é filho de boa gente. Mas o importante é reflectir sobre as razões que levaram a tais atitudes e distribuir as "culpas" pelos dois lados, não ser radical, nem rancoroso. O remorso e o pedido de desculpa devem fazer parte do nosso dia a dia. Só assim se manterá a chama da amizade entre os irmãos. Se for benéfico para os dois lados.
EliminarQue bom!...
ResponderEliminarPor falar em prendas, acho que são as causadoras dos estragos no Natal ...Ando a mentalizar-me para acabar com esta praga .
Beijinhos, Virgínia.
Sem dúvida que seria uma boa medida e aliviava a carga natalícia....
EliminarBjinho
Plenamente de acordo. O re-encontro pode ser redentor (sabemo-lo...)... mas é necessário haver esse "ajuste de contas" de ambos os lados, sem se vir carregados de pedras para atirar, designadamente saber que, mesmo depois de dirimidos os principais conflitos, pode não haver já chama para relações intensas, sobretudo quando o tempo passou e não se deu pela falta de fulano ou beltrano. Um pouco como aquelas gavetas onde se acumula tralha durante décadas e, numa mudança de casa, ou se vê cada papelinho e nunca mais é dia, porque é duvidoso que lá esteja o mapa do tesouro ou lingotes de platina, ou se pensa: "se isto esteve aqui tantos anos e nunca precisei de abrir a gaveta, dêem cá um saco e... tudo para o ecoponto. Cada vez mais prefiro a segunda opção. As amarras ao cais impedem o navio de velejar. Prefiro âncoras, mas não amarras, no que isso tem de castrador da liberdade. E posto isto, Sis, desculpa-me a verborreia (palavra demasiado usada hoje, ams que ainda faz sentido).
ResponderEliminarEncerro por aqui embora todas estas metáforas merecessem uma análise e comentário mais pessoal. Deixo-os para mails privados, pois este é um espaço público, nem sequer moderado!
ResponderEliminarBjo
Não vou botar faladura pois considero que a Virgínia e o Mário, com a moderação elevada, disseram prácticamente tudo o que publicamente é dizível.
ResponderEliminarAssim, beijos aos dois!