terça-feira, 11 de novembro de 2014

O JUIZ


  • Fui ao cinema. Uma experiência que me enche as medidas hoje em dia, sobretudo quando o filme é bom. Não me pesa a solidão, pelo contrário, gosto de estar numa sala vazia, sem pipocas nem vozes ou risadas. À tarde, à semana,  só há amadores de cinema, gente senior e respeitosa da 7ª Arte. 
Já há um mês que não ia e soube-me bem. Também fui ao meu querido "Jeronimo" comer um muffin e beber um frapissimo de maracujá. Precisava de várias coisas que comprei no Jumbo, local demasiado grande para meu gosto mas que tem tudo o que precisamos: queijos, pão, fruta, peixe, etc. Custou-me muito estar nas filas do cinema e da caixa ( que saudades da minha Luisa), mas sobrevivi.




O filme " O Juiz" é um verdadeiro filme americano. O enredo é que foi a minha grande surpresa porque contrariamente ao que é costume, não há previsibilidade nenhuma. As nossas expectativas vão sucessivamente sendo goradas e o que acontece é aquilo que não esperávamos. Isso cria um interesse grande em redor das personagens e destrói os clichés. Não é um fime excepcional, mas é um drama interessante sobre as relações entre pais e filhos, identidade, contradições e degradação familiares. Os actores são esplêndidos, sobretudo Robert Duvall no papel do Juiz e Robert Downey Jr a representar o filho advogado. O filme é longo mas mantém o ritmo  e não se torna maçudo.Tem todas as características dos filmes que retratam a América profunda, os costumes e mentalidade de microcosmos rurais e egocêntricos, demasiado fechados e 
por isso um pouco claustrofóbicos.        


Foi uma tarde bem passada.




5 comentários:

  1. Peço desculpa da formatação da letra. Não sei o que se passou e não consegui reparar. :)

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  2. É um filme que se vê sem bocejos, pelo contrário! Também é dos que provocam angustia...Verdade!
    Virgínia, ás vezes vou ao cinema na companhia de pessoas com que me relaciono. Outras com o meu marido, que é a minha companhia preferida. mas nem sempre quer ir. Não há muito tempo descobri que estar numa sala de cinema sozinha é super relaxante...Acho que o avançar da idade está a mexer comigo nas minhas vontades estranhas (risos)

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    1. Adorava ir ao cinema com a minha filha pois ela tem gostos parecidos e também fica silenciosa durante toda a sessão, a não ser que seja uma comédia e emtão roimos as duas....
      Ir sozinha é uma imersão total e abstracção completa da realidade. Ás vezes até me custa sair e ver as pessoas e as luzes cá fora....
      Bjinho

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    2. Bom dia, Virgínia! Como vê madruguei. Minha filha chega de Londres daqui a poucas horas...
      Ultimamente não tenho dormido muito bem, os encargos e algumas preocupações de há dois meses para cá provocam-me insónias...
      Pois o meu receio é me recolher do mundo lá fora, estou com esta tendência ,por não me oferecer descontracção. Mas isto é mau em todos os sentidos e há que combater...Beijinho.

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  3. Que bom, a sua filha vir cá. Infelizmente tencionava ir ver a minha , mas com os joelhos neste estado não me atrevo a fazer a viagem sozinha, sobretdo porque tenho de apanhar o comboio depois do avião e andar com malas torna-se impossível. Ela virá em Dezembro para o Natal, claro e fica dez dias. Este ano vai ser um Natal diferente...
    Bjinhos

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